Cecília Meirelles - Cultura Alternativa

Paulo Autran lê poemas de Cecília Meirelles

Cecília Meirelles

Hoje comemoramos o nascimento de Cecília Meireles (1901-1964) uma poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira.

Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas.

Com 18 anos estreia na literatura com o livro “Espectros”. Participou do grupo literário da Revista Festa, grupo católico, conservador.

 Cecília Meirelles – Vida

Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no bairro Rio Comprido, na cidade do Rio de Janeiro.

Seus pais eram Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil e Mathilde Benevides Meireles, professora da rede pública de ensino fundamental (na época, ensino primário).

Antes de Cecília nascer, sua mãe havia perdido seus outros filhos: Carlos, Vítor e Carmem. Carlos morreu três meses antes do nascimento de Cecília.

Aos três anos de idade, sua mãe morreu, e Cecília se mudou para as imediações das ruas Zamenhoff, Estrela e São Carlos, passando a morar com sua avó materna, Jacinta Garcia Benevides, uma portuguesa nascida na Ilha de São Miguel, Açores, na época viúva e única sobrevivente da família.

Ela criou a menina com ajuda de Pedrina, a babá da menina, que sempre lhe contava histórias à noite.

(Fonte wikipedia.org/Cecilia_Meireles )

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Poemas de Cecília Meireles declamados na voz do grande ator brasileiro Paulo Autran

Cecília Meirelles – Falecimento

Cecília Meireles morreu de câncer, em 9 de novembro de 1964, dois dias depois de completar 63 anos.

O poema publicados abaixo fazem parte do livro “Cecília Meireles — Poesia Completa”, editora Nova Fronteira.

Cecília Meirelles
cecília, por Bassani

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

— Em que espelho ficou perdida

a minha face?

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