Verão em Rildas aborda os desafios da vida universitária no Brasil e resgata polêmica que dividiu os estudantes
Filme híbrido dirigido por Daniel Caetano estreia em 4 de outubro
Diante da iminente partida de um integrante do grupo para o exterior, tendo ainda o desafio de desenvolver os estudos do curso de Produção Cultural do campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Rio das Ostras, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro, um grupo de jovens estudantes resolve promover um festival de artes.
A partir da organização do evento, dos dilemas e obstáculos enfrentados pelos alunos e, claro, das festas, as dores e as delícias da vida universitária vivida nas faculdades abertas pelo interior do país estão em pauta no filme “Verão em Rildas”, de Daniel Caetano, que estreia nos cinemas dia 13 de setembro.
Além de mostrar os bastidores por trás da organização do Festival Ostras Coisas, o filme contextualiza o momento vivido pela cidade, abordando temas como violência contra mulher, insegurança e machismo.
Outro ponto de destaque da produção é a polêmica Xerek Satânik, nome criado pelos próprios estudantes para uma festa que se realizou em maio de 2014, em seguida ao encerramento de um curso que se dedicava a estudar o tema “Corpo e resistência”.
Após uma performance que envolvia a inserção de uma bandeira na vagina da artista, o evento foi alvo de inquérito da Polícia Federal e investigação realizada pela própria universidade, gerando um debate acalorado entre conservadores e liberais.
Apenas no último dia 17, quatro anos após o evento, o Ministério Público Federal arquivou o processo considerando a festa uma “manifestação artística”.
– A geração retratada no filme é justamente a que enfrentou aquela polêmica e desde então briga pela sobrevivência do curso, ainda hoje sob risco de ser fechado.