Nos últimos anos, empresas têm percebido que, além de oferecer bons salários e benefícios, é importante promover um ambiente de trabalho saudável e feliz para seus funcionários. Cada vez mais, vemos empresas criando cargos específicos para cuidar da felicidade e bem-estar dos colaboradores.
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Felicidade no Trabalho
Algumas empresas como Google, Adidas e Suzano já adotaram a metodologia da entropia, que adapta a Pirâmide de Maslow, criada pelo psicólogo norte-americano Abraham Maslow, para mapear as prioridades dos seres humanos.
Felicidade no Trabalho
Metodologia da Entropia
A metodologia da entropia é uma forma de avaliar o nível de satisfação e motivação dos funcionários de uma empresa, baseada na Pirâmide de Maslow, como já dito, e nas motivações de Richard Barrett. Ela mede a diferença entre os valores pessoais e os valores organizacionais, e busca reduzir essa diferença para aumentar a felicidade e o engajamento dos colaboradores.
Felicidade no Trabalho
A Pirâmide de Maslow
A Pirâmide de Maslow é um conceito criado pelo psicólogo Abraham H. Maslow que mostra as necessidades humanas em ordem de prioridade.
Ela é dividida em cinco níveis hierárquicos:
– Necessidades fisiológicas: são as mais básicas e essenciais para a sobrevivência, como alimentação, água, ar, sono e sexo.
– Necessidades de segurança: são as que garantem a proteção física e emocional, como moradia, saúde, estabilidade financeira e familiar.
– Necessidades sociais: são as que envolvem o relacionamento com outras pessoas, como amor, amizade, pertencimento e aceitação.
– Necessidades de estima: são as que dizem respeito ao reconhecimento pessoal e profissional, como autoconfiança, respeito, status e prestígio.
– Necessidades de autorrealização: são as mais elevadas e complexas, que levam o indivíduo a buscar o seu potencial máximo, como criatividade, liberdade, crescimento e realização pessoal.
Segundo Maslow, cada nível da pirâmide deve ser atendido antes de se passar para o próximo.
Assim, somente quando uma pessoa tem suas necessidades fisiológicas satisfeitas é que ela pode buscar sua segurança; somente quando ela se sente segura é que ela pode buscar seu convívio social; e assim por diante até chegar à autorrealização. Maslow também identificou duas necessidades adicionais para as pessoas que já possuem todas as necessidades satisfeitas: as cognitivas (como conhecimento e compreensão) e as transcendentais (como espiritualidade e altruísmo).
Felicidade no Trabalho
As Motivações de Richard
Richard Barrett é um estudioso da comunicação nas empresas e da relação entre as necessidades humanas e as organizações.
Ele criou um modelo de sete níveis de consciência humana, baseado nos estudos de Maslow, que descreve as motivações pessoais de cada indivíduo. Os sete níveis são:
– Sobrevivência: é a motivação mais básica e relacionada às necessidades fisiológicas, como saúde, segurança e proteção.
– Relacionamento: é a motivação que envolve o convívio social e a busca por amor, amizade, pertencimento e aceitação.
– Autoestima: é a motivação que diz respeito ao reconhecimento pessoal e profissional, como autoconfiança, respeito, status e prestígio.
– Transformação: é a motivação que leva o indivíduo a buscar o seu potencial máximo e a sua autorrealização, como criatividade, liberdade, crescimento e realização pessoal.
– Coesão interna: é a motivação que envolve o alinhamento entre os valores pessoais e os valores organizacionais, ou seja, a congruência entre o que se faz e o que se acredita.
– Contribuição: é a motivação que leva o indivíduo a fazer algo pelo bem comum e pela sociedade em geral, como altruísmo, generosidade e responsabilidade social.
– Integração: é a motivação mais elevada e complexa, que envolve o senso de propósito maior e de conexão com algo transcendente, como espiritualidade, sabedoria e compaixão.
Diversidade
A diversidade nos quadros da empresa também é uma estratégia importante, já que empresas que promovem a diversidade tendem a ter ambientes mais saudáveis e menos rotatividade.
A Faber-Castell é um exemplo de empresa que apoia a diversidade e promove um ambiente saudável entre seus 2.4 mil funcionários. A empresa adota a metodologia da entropia e tem um ambiente com menos de 1% de rotatividade. Segundo o diretor de RH e Sustentabilidade, Miguel Feres, a empresa também tem uma liderança humanizada que se preocupa com a qualidade de vida de sua equipe.
Conclusão
Empresas que promovem a diversidade e a felicidade no ambiente de trabalho tendem a ter colaboradores mais engajados e motivados, além de reduzir a rotatividade e aumentar a produtividade. Portanto, é importante investir em um ambiente saudável e feliz para obter resultados positivos a longo prazo.
Anand Rao
Editor Chefe
Cultura Alternativa