Banho – Água Quente e Fria
Nos Estados Unidos, o banho é uma parte vital da rotina de asseio. Água quente é a preferência para a maioria, especialmente durante os meses mais frios. De acordo com um estudo da Energy Information Administration (EIA), o aquecimento de água é a segunda maior despesa de energia em casas americanas, representando cerca de 18% do consumo total de energia. Muitos americanos consideram um chuveiro quente não só uma necessidade, mas também uma forma de relaxamento e alívio do estresse.
No entanto, a água fria também tem seu lugar. Durante os verões quentes e úmidos, um banho frio pode proporcionar alívio instantâneo. Alguns estudos, como o publicado no British Journal of Sports Medicine, têm sugerido que a exposição à água fria pode ter vários benefícios à saúde, incluindo melhorar a circulação e o sistema imunológico.
Hábitos Americanos
Variações Climáticas Extensas
Nos Estados Unidos, as variações climáticas podem afetar significativamente os hábitos de higiene pessoal. Em estados como o Alasca, onde as temperaturas podem cair abaixo de -40 graus Celsius no inverno, a frequência de banhos pode diminuir, tanto por uma questão de conforto quanto para evitar o ressecamento da pele causado pelo ar frio e seco.
Já em estados mais quentes e úmidos, como a Flórida, banhos frequentes e uso de desodorantes são mais comuns para combater o suor e manter a higiene. Conforme um estudo da *Environmental Protection Agency (EPA), a demanda por água pode aumentar em até 50% durante as ondas de calor, muito disso devido ao aumento de banhos e uso de ar condicionado.
Hábitos Americanos
Descarga com papel higiênico
A utilização de papel higiênico é generalizada nos EUA. Dados do Statista mostram que os americanos usam cerca de 141 rolos de papel higiênico por pessoa por ano. Diferente de alguns países europeus e asiáticos que utilizam bidês, a cultura do banheiro nos EUA ainda é fortemente dependente de papel.
Apesar da conveniência, isso levanta questões sobre a sustentabilidade e o sistema de esgoto. Muitos sistemas de esgoto são projetados para lidar com papel higiênico, mas a sobrecarga pode levar a problemas. Além disso, a produção de papel higiênico contribui para o desmatamento, conforme observado pela Natural Resources Defense Council.
Hábitos Americanos
O sistema de esgoto
Os sistemas de esgoto dos EUA, que muitas vezes têm mais de um século de idade, enfrentam desafios consideráveis. Segundo a American Society of Civil Engineers, cerca de 56 milhões de novos usuários precisarão ser conectados aos sistemas de tratamento de esgoto nas próximas duas décadas, o que requer investimentos significativos.
A poluição das águas subterrâneas a partir de sistemas de esgoto defeituosos ou antigos é uma preocupação ambiental significativa. A *Environmental Protection Agency (EPA) estima que até 3,5 milhões de americanos adoecem todos os anos devido à exposição a patógenos de sistemas de esgoto falhos.
Os vasos sanitários nos Estados Unidos são projetados para lidar com a descarga de papel higiênico. Na verdade, o papel higiênico foi criado para se decompor rapidamente na água para evitar a obstrução dos sistemas de esgoto. Quando o usuário dá descarga, a água na bacia do vaso sanitário é deslocada rapidamente para o sifão, um tubo curvado na base do vaso. Essa ação cria um vácuo que suga o conteúdo do vaso para baixo, através do sifão, e para dentro do tubo de esgoto. A água que acompanha o papel higiênico ajuda a dissolvê-lo durante esse processo.
O sistema de descarga é muito eficiente, mas não é à prova de falhas. Se for usado muito papel higiênico de uma vez, ou se for utilizado um tipo que não se desfaz facilmente na água, pode ocorrer um entupimento. É por isso que é importante usar apenas a quantidade necessária de papel e dar descarga mais de uma vez se for preciso. Além disso, alguns itens, como toalhas de papel, lenços umedecidos e produtos femininos, muitas vezes não se decompõem tão facilmente quanto o papel higiênico e não devem ser descartados no vaso sanitário. Embora esses itens possam parecer inofensivos, eles podem causar sérios danos aos sistemas de esgoto e ao meio ambiente.
Hábitos Americanos
Lixo – Diversos Tipos
A gestão do lixo nos EUA é um grande desafio. De acordo com a EPA, cada americano produz em média 4,9 libras (2,2 kg) de lixo por dia. A gestão adequada desse lixo é essencial para garantir a saúde pública e proteger o meio ambiente. A maior parte do lixo é enviada para aterros, enquanto cerca de 32% é reciclada.
Apesar do alto consumo, os EUA têm um sistema de reciclagem robusto e em constante evolução. No entanto, a eficiência varia de região para região, com algumas áreas atingindo taxas de reciclagem de 60% ou mais, enquanto outras estão muito atrás.
Plástico e Isopor em excesso
Um problema específico na gestão de resíduos nos EUA é o uso excessivo de plástico e isopor. De acordo com a National Geographic, os americanos jogam fora 35 bilhões de garrafas de plástico por ano, e a maioria acaba em aterros ou nos oceanos.
O isopor, por ser leve e barato, é amplamente utilizado em embalagens, mas é difícil de reciclar e pode levar centenas de anos para se decompor. A conscientização sobre esses problemas está crescendo, e algumas cidades americanas já proibiram o uso de isopor.
Conclusão
A prática do asseio nos EUA é profundamente influenciada por uma variedade de fatores, desde variações climáticas até a infraestrutura do sistema de esgoto. Apesar de alguns desafios, como o excesso de uso de plástico e isopor, os EUA têm feito progressos consideráveis em áreas como reciclagem e conservação de água. A consciência crescente sobre as questões de sustentabilidade sugere que os americanos continuarão a adaptar seus hábitos de asseio para melhor atender às necessidades do ambiente e da sociedade. A jornada para o asseio sustentável é contínua, e cada passo conta.
Anand Rao
Editor Chefe
Cultura Alternativa