Sedentarismo no Ambiente de Trabalho: Um Risco Silencioso para a Saúde
A rotina moderna, marcada por longas jornadas em escritórios e atividades predominantemente sedentárias, tem revelado impactos significativos na saúde dos trabalhadores.
Estudos recentes indicam que permanecer sentado por períodos prolongados não apenas aumenta o risco de doenças crônicas, como também pode acelerar o processo de envelhecimento biológico.
Uma pesquisa conduzida por Ryan Bruellman, da Universidade do Colorado em Boulder, Estados Unidos, analisou os hábitos de mil indivíduos, incluindo 730 gêmeos, com idades entre 28 e 49 anos.
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Sedentarismo no Ambiente de Trabalho
Os participantes relataram passar, em média, entre cinco e dez horas diárias sentados, com alguns atingindo até 16 horas nessa posição.
Os resultados demonstraram que quanto maior o tempo sentado, mais elevados eram o Índice de Massa Corporal (IMC) e a razão entre colesterol total e HDL (TC/HDL), indicadores associados a riscos cardiovasculares.
Surpreendentemente, mesmo aqueles que cumpriam as recomendações de 20 minutos diários de atividade física não conseguiam neutralizar os efeitos negativos de longos períodos de sedentarismo.
No Brasil, o cenário é igualmente preocupante. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que 40,3% dos adultos são considerados insuficientemente ativos, ou seja, não atingem os níveis recomendados de atividade física.
Essa inatividade está associada a um aumento na incidência de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o sedentarismo pode levar 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis até 2030, caso não sejam implementadas políticas públicas eficazes de incentivo à atividade física.
Além disso, a OMS estima que o custo com saúde para os governos será de 27 bilhões de dólares por ano devido à inatividade física.
Sedentarismo no Ambiente de Trabalho
Especialistas enfatizam que, além de incorporar atividades físicas regulares na rotina, é fundamental reduzir o tempo total em que se permanece sentado.
Pequenas mudanças, como pausas frequentes para alongamentos, uso de escadas em vez de elevadores e caminhadas curtas durante o expediente, podem contribuir significativamente para a melhoria da saúde e bem-estar.
Em suma, o sedentarismo no ambiente de trabalho representa um desafio crescente para a saúde pública.
A conscientização sobre os riscos associados e a adoção de medidas preventivas são essenciais para mitigar os impactos negativos dessa prática e promover uma vida mais saudável e ativa.
Anand Rao e Agnes Adusumilli
Editores Chefes
Cultura Alternativa