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Jovens Brasileiros Fora da Escola e do Mercado de Trabalho

Um em cada cinco jovens entre 15 e 29 anos não estudava nem trabalhava em 2022, totalizando 10,9 milhões de indivíduos, ou uma fatia de 22,3% do grupo etário.

DESTAQUES

  • Entre os jovens de 15 a 29 anos do país, 10,9 milhões não estudavam nem estavam ocupados em 2022, o equivalente a 22,3%, ou um em cada cinco integrantes deste grupo etário. 
  • Entre os 10,9 milhões de jovens que não estudavam nem estavam ocupados, 43,3% eram mulheres pretas ou pardas, 24,3% eram homens pretos ou pardos, 20,1% eram mulheres brancas e 11,4% eram homens brancos. 
  • Em 2022, 4,7 milhões de jovens não procuraram trabalho e nem gostariam de trabalhar. Entre esses jovens, 2,0 milhões eram mulheres cuidando de parentes e dos afazeres domésticos. 
  • Do total de 10,9 milhões de jovens que não estudam e não estão ocupados, 61,2% eram pobres. Entre esses jovens não estudavam nem estavam ocupados pobres, 47,8% eram mulheres pretas ou pardas. 
  • Entre 2019 e 2022, Brasil não avançou na meta de universalização da educação infantil. A frequência escolar das crianças com 4 e 5 anos de idade (no início da obrigatoriedade da educação básica) recuou 1,2 ponto percentual no período, passando de 92,7% para 91,5%. 
  • A frequência escolar na etapa adequada das crianças de 6 anos, que deveriam ter ingressado no ensino fundamental, caiu de 81,8% em 2019 para 69,0% em 2022. 
  • O percentual de crianças consideradas alfabetizadas no 2º ano do ensino fundamental recuou dos 60,3% em 2019 para 43,6% em 2021. 
  • A proporção de brasileiros com 25 a 64 anos de idade que não concluíram a educação básica obrigatória (41,5%) é mais que o dobro da média de países da OCDE (20,1%). 

Jovens Brasileiros Fora da Escola e do Mercado de Trabalho

O número de jovens que não estudavam nem estavam ocupados foi de 10,9 milhões em 2022, o que corresponde a 22,3% das pessoas de 15 a 29 anos de idade.

Do total, as mulheres de cor ou raça preta ou parda representavam 4,7 milhões (43,3%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 2,2 milhões (20,1%). Outros 2,7 milhões (24,3%) eram homens pretos ou pardos e 1,2 milhão (11,4%) eram homens brancos.

Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje pelo IBGE. Leia outras notícias sobre o estudo aquiaqui e aqui

A redução do número de jovens que não estudam e não estão ocupados foi inferior à do total de jovens e, por isso, a taxa de jovens nesta condição não foi a menor da série. As menores taxas ocorreram em 2012 (21,8%) e 2013 (22,0%). A taxa de 2022 (22,3%) foi a terceira menor da série. 

“O indicador inclui simultaneamente os jovens que não estudavam e estavam desocupados, que buscavam uma ocupação e estavam disponíveis para trabalhar, e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, que não tomaram providências para conseguir trabalho ou tomaram e não estavam disponíveis”, explica Denise Guichard, analista da pesquisa. 

A pesquisadora do IBGE completa que essa é uma medida mais rigorosa de vulnerabilidade juvenil do que a taxa de desocupação, pois abrange aqueles que não estavam ganhando experiência laboral nem qualificação, possivelmente comprometendo suas possibilidades ocupacionais futuras. 

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Afazeres domésticos e cuidados de parentes mantém mulheres jovens fora da força de trabalho 

Em 2022, 4,7 milhões de jovens não tomaram nenhuma providência para conseguir trabalho e nem gostariam de trabalhar.

Os motivos estão relacionados aos cuidados de parentes e com os afazeres domésticos para 2,0 milhões de mulheres, enquanto para 420 mil homens destaca-se o motivo por problema de saúde.

SOBRE O ASSUNTO

Ambos os sexos também abordam o estudo por conta própria como um dos motivos para não querer trabalhar. 

Já o contingente de jovens que querem trabalhar foi de 2,4 milhões, sendo que para as mulheres o cuidado e os afazeres domésticos também se destacam como principal motivo para 553 mil jovens, mas o fato de não haver trabalho na localidade atinge ambos os sexos, chegando a mais de 800 mil jovens nesta situação (356 mil homens e 484 mil mulheres). 

REDAÇÃO SITE CULTURA ALTERNATIVA

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