A indústria de entretenimento passou por grandes mudanças nos últimos dez anos, especialmente com a chegada dos serviços de streaming direto ao consumidor (D2C). O sucesso inicial desses serviços revolucionou esta indústria, mas agora o setor precisa se preparar para uma transição que definirá a sobrevivência e possibilidades de crescimento das empresas do segmento.
Setor de streaming
Pesquisa Accenture
De acordo com a mais recente pesquisa da Accenture, intitulada “Reinvent for growth”, as empresas do setor buscam a lucratividade inovando na captação de recursos, inserindo publicidade e na ofertando conteúdos agregadores.
A pesquisa aponta que a primeira década dos serviços de streaming direto ao consumidor deu início a uma jornada de transformação para os consumidores. Entretanto, ainda existem expectativas não alcançadas e uma limitação de ofertas que gera certa frustração de atenção das pessoas e cansaço dos consumidores.
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Excesso de Oferta
A quantidade de serviços de streaming disponíveis no mercado pode gerar um gasto semelhante ou até maior do que um plano de TV a cabo, o que acaba sendo uma conta que não fecha.
De acordo com Marcio Guilherme, diretor de Estratégia e Consultoria para a Mídia e Entretenimento da Accenture, uma das maiores questões é a quantidade de serviços que os usuários têm que assinar.
Para conseguir assistir aos programas favoritos, o consumidor pode acabar gastando um valor semelhante – ou até maior – do que um plano de TV a cabo. Isso pode gerar uma profusão de inventários de todos os tipos e acabar frustrando a atenção das pessoas.
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Inovação
Nesse cenário, as empresas do setor de streaming buscam inovar e se diferenciar por meio da agregação de serviços, como a oferta de pacotes e serviços inclusivos, a unificação de vários tipos de entretenimento em um só lugar criando experiências ultrapersonalizadas.
Outra solução inevitável e que já está sendo implementada em alguns serviços é a inserção de publicidade no conteúdo, como já dito, garantindo meio de captação de recursos para a sobrevivência do negócio.
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Simplicidade gera Cumplicidade
A pesquisa da Accenture também revela que o consumidor busca simplicidade e, por isso, 86% têm interesse em um único serviço que compartilhe todas as informações básicas e preferências de conteúdo. Entretanto, 72% relataram frustração ao encontrar algo para assistir e 26% afirmam levar mais de dez minutos para escolher o conteúdo. Esses dados mostram que ainda há espaço para melhorias e inovações no setor.
Conclusão
Em suma, para se manter relevante, a indústria de entretenimento precisa entender e atender às necessidades dos consumidores, além de criar soluções que facilitem a escolha de conteúdo e agreguem valor aos serviços prestados.
O futuro da indústria de mídia está, de fato, se movendo em direção a plataformas agregadoras, que ofereçam uma experiência mais completa e personalizada aos consumidores.
José Job
Especial para o Cultura Alternativa