Por que pertencemos?
A necessidade de pertencimento está entre os sentimentos mais profundos da alma humana. Seja em um grupo de amigos, no ambiente profissional ou dentro da própria família, todos buscamos conexão. O psicólogo Augusto Cury destaca que essa sensação é vital para a saúde emocional e psicológica, pois reduz o estresse, aumenta a autoestima e favorece o bem-estar.
Na juventude, pertencer significa ser aceito, compreendido e valorizado. O livro Extraordinário, de R.J. Palacio, mostra como a inclusão é determinante na adolescência. Quando esse sentimento é negado, surgem problemas como ansiedade e isolamento. Já na fase adulta, o pertencimento está atrelado à estabilidade profissional e aos relacionamentos, como explica Brené Brown em A Coragem para Liderar.
Para os idosos, a necessidade de conexão torna-se ainda mais urgente. Muitos se sentem excluídos da sociedade e até mesmo das próprias famílias. O escritor Mário Sérgio Cortella, em Viver em Paz para Morrer em Paz, ressalta que manter laços na terceira idade é um fator essencial para uma vida longa e saudável. O idoso que participa de atividades sociais sente-se mais valorizado e tem melhor qualidade de vida.
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Pertencimento
O impacto do pertencimento em diferentes idades
Os jovens vivem a busca por aceitação e pertencimento de maneira intensa. Em um mundo digitalizado, a validação muitas vezes acontece pelas redes sociais, mas isso pode ser um risco. A comparação excessiva e os padrões inalcançáveis afetam a saúde mental dos adolescentes. Sentir-se parte de um grupo é necessário, mas não deve depender apenas da aprovação virtual.
Na vida adulta, o pertencimento está associado ao propósito. Encontrar um grupo que compartilhe valores e ideias semelhantes faz toda a diferença para o crescimento pessoal e profissional. Brené Brown enfatiza que pessoas realizadas são aquelas que se sentem conectadas com suas comunidades e espaços de trabalho, criando redes sólidas de apoio.
Para os idosos, o sentimento de exclusão pode ser devastador. Muitos relatam que se sentem invisíveis, ignorados e até mesmo esquecidos por familiares. Criar oportunidades de socialização, como grupos de convivência e participação em eventos, é essencial para resgatar essa conexão. A sociedade precisa valorizar os mais velhos, reconhecendo sua experiência e conhecimento acumulado.

Pertencimento
Livros que aprofundam o tema
Para quem deseja se aprofundar no tema do pertencimento, algumas leituras são indispensáveis. A Coragem para Liderar, de Brené Brown, aborda como a vulnerabilidade e a autenticidade são essenciais para construir relações verdadeiras. O livro mostra como líderes e profissionais podem criar ambientes onde todos se sintam parte de algo maior.
Outra obra relevante é Por que Fazemos o que Fazemos?, de Mário Sérgio Cortella, que reflete sobre propósito e sentido na vida. O autor destaca a importância de compreender nossas escolhas e estabelecer vínculos sólidos com as pessoas ao nosso redor. Esse entendimento é fundamental para quem deseja construir uma trajetória profissional e pessoal mais significativa.
Já A Coragem de Ser Imperfeito, também de Brené Brown, explora como aceitar as próprias vulnerabilidades fortalece o pertencimento. Quando nos permitimos ser autênticos, criamos conexões mais profundas e verdadeiras. Essas leituras são facilmente encontradas no Brasil e servem como guia para quem busca maior integração e conexão social.
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Pertencimento
Técnicas para fortalecer o pertencimento
Algumas atitudes podem ajudar a fortalecer a sensação de pertencimento no dia a dia. A primeira delas é escutar sem julgar. Muitas vezes, ouvir genuinamente o outro é a maneira mais eficaz de construir laços sólidos. A comunicação empática e respeitosa cria ambientes mais acolhedores, onde todos se sentem valorizados.
Valorizar a vulnerabilidade também é essencial. Mostrar-se como realmente somos, sem medo de julgamentos, fortalece a confiança e o vínculo entre as pessoas. Brené Brown reforça que a autenticidade é a chave para relações mais verdadeiras e duradouras. Quanto mais nos permitimos ser reais, mais pertencemos a grupos que nos aceitam pelo que somos.
Por fim, é importante cultivar rituais sociais. Encontros regulares, seja presencialmente ou virtualmente, ajudam a criar um senso de comunidade. Pequenos gestos, como marcar um café com amigos ou participar de um grupo de discussão, fazem toda a diferença para reforçar os laços e evitar o isolamento.
Reflexões sobre pertencimento
Independente da fase da vida, sentir-se parte de algo maior é essencial para a felicidade. Jovens precisam de aceitação, adultos buscam realização e idosos querem ser lembrados e valorizados. O pertencimento não é uma tendência passageira, mas uma necessidade intrínseca ao ser humano, que atravessa gerações e culturas.
Uma boa reflexão é perguntar a si mesmo: como estou contribuindo para fortalecer os laços com as pessoas ao meu redor? Como estou acolhendo quem está próximo? Pequenas mudanças na forma de se relacionar podem impactar profundamente a sensação de pertencimento de alguém.
Nunca é tarde para construir relações mais sólidas e genuínas. O mundo pode ser um lugar mais acolhedor quando nos preocupamos em criar conexões verdadeiras. Afinal, pertencer é uma das chaves para uma vida plena e feliz.
Anand Rao e Agnes Adusumilli
Editores Chefes
Cultura Alternativa