A Suíça e a Pobreza - Site Cultura Alternativa

A Suíça e a Pobreza

A Suíça e a Pobreza

De acordo com um recente relatório do Departamento Federal de Estatística, a proporção de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza na Suíça em 2019 aumentou para 8,7% da população, atingindo a maior taxa desde 2014.

A pobreza afetou cerca de 735.000 indivíduos no país, que possui uma população de 8,5 milhões de habitantes.

Os grupos mais impactados foram os estrangeiros, famílias monoparentais, pessoas com baixa escolaridade e desempregados.

Apesar disso, a Suíça mantém um padrão de vida geralmente elevado, embora seja conhecida pelo seu alto custo de vida.

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Salários na Suíça

De acordo com dados recentes, os salários na Suíça são pagos mensalmente, e os assalariados também recebem o 13º salário em dezembro, desde que cumpram os requisitos contratuais.

É importante ressaltar que o 13º não é considerado um bônus, mas sim parte integrante do salário, calculado de forma proporcional caso o emprego tenha menos de um ano de duração ou o funcionário deixe a empresa antes do final do ano.

O salário bruto médio no país é de CHF 6.500 por mês. No entanto, existe uma disparidade significativa entre os salários de homens e mulheres.

Por exemplo, uma operadora de máquina do sexo feminino pode receber em torno de 4.500 francos por mês, enquanto um gerente do sexo masculino pode ganhar mais de 10.000 francos.

A diferença de renda entre os gêneros ainda persiste, sendo que o salário médio das mulheres é 11,5% menor em comparação com o dos homens.

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Imigração

A Suíça se destaca como um dos países com uma das maiores proporções de estrangeiros em todo o mundo. A maioria dos migrantes vem de países europeus, sendo a robustez da economia suíça e a introdução da livre circulação de pessoas nos últimos anos os principais atrativos para esses indivíduos.

Esses fatores têm sido um incentivo para que pessoas de diferentes nacionalidades escolham a Suíça como destino para buscar melhores oportunidades econômicas e qualidade de vida.

Em relação à política migratória, a Suíça adota uma abordagem que confere certa margem de manobra aos cantões. Alguns cantões implementam leis mais restritivas do que outros, conforme apontado por um estudo.

Gianni D’Amato, diretor do Fórum Suíço para o Estudo das Migrações e da População, sugere que o sistema suíço poderia servir de inspiração para a Europa como um todo, destacando a importância de estudar e aprender com as abordagens adotadas pela Suíça em termos de política migratória.

Desemprego

Com uma taxa de desemprego de apenas 2,4% em março de 2022, a Suíça ostenta uma das menores taxas de desemprego na Europa, atingindo o seu patamar mais baixo em uma década.

Esses números refletem a estabilidade do mercado de trabalho no país, onde há uma ampla disponibilidade de oportunidades de emprego. A Suíça se destaca como um ambiente favorável para os trabalhadores, com uma economia robusta e um mercado laboral dinâmico.

No caso de perda de emprego na Suíça, os indivíduos podem ter direito ao subsídio de desemprego. No entanto, para solicitar esse benefício, é necessário possuir autorização de residência e trabalho no país, além de ter estado empregado durante pelo menos 12 meses nos últimos dois anos.

O salário recebido durante esse período deve ser de no mínimo CHF 500 (equivalente a $519) por mês. É importante ressaltar que os trabalhadores autônomos não estão cobertos pelo subsídio de desemprego.

E encima desta taxa de 2,2% de desempregados é que temos o grupo que faz parte dos 8,7% da população está no índice da pobreza.

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Famílias Monoparentais

Não encontramos dados sobre famílias monoparentais na Suíça.

Nossa experiência

Neste texto podemos sentir que a Suíça é um país de contrastes. Com relação ao Brasil os salários são muito maiores.

Ao ir em Lausanne, que fica na Riviera suíça, encontramos muitos mendigos e brasileiros.

Pode-se notar que a taxa de desemprego e o salário das mulheres são baixos, a tristeza foi grande a ver tantos pedintes na rua de Lausanne. Não gostamos da experiência. Lembrou-nos o Brasil.

Anand Rao

Editor Chefe

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