Amaro Freitas. Rasif.

Rasif, Recife em Árabe, é Amaro Freitas e seu som matemático

Cultura Alternativa ouviu Amaro Freitas no Disco Rasif

Arte 1. 

Este foi o lugar onde descobrimos Amaro Freitas. Ouvimos e ficamos encantados. Neste marasmo musical em que se encontra o Brasil, Amaro Freitas é uma pérola e com certeza vencerá muito mais no mercado internacional.

No nacional, será a atração principal, mas, não fará parte das paradas de sucesso e nem tão pouco conseguirá viver da sua música.

Se morar no Brasil, será professor de música, no exterior, pode se tornar um dos maiores músicos do jazz contemporâneo. 

Perdão. 

Sua música não pode ser rotulada, pois, é muito melhor do que qualquer rótulo existente.

Amaro Freitas – Músico

A cultura de Pernambuco transborda naturalmente no estilo de Amaro Freitas, pianista e compositor de 27 anos que é uma das grandes revelações do jazz brasileiro recente.

Influenciado pelo mestre do frevo Capiba, por Moacir Santos, Hermeto e Gismonti, mas também pelas grandes referências do piano jazz como Monk, Jarrett ou Corea, lançou o seu disco de estreia Sangue Negro em 2016 e conquistou de imediato a crítica, que nele encontrou uma nova vida ao piano jazz.

Muito para lá do sempre predominante samba jazz, Amaro Freitas volta-se para a cultura nordestina e traduz o frevo, o baião, o maracatu, a ciranda ou o maxixe para a linguagem do jazz.

Contratado pela gravadora londrina Far Out Recordings, o pianista, acompanhado de Jean Elton (Contrabaixo) e Hugo Medeiros (Bateria) já se apresentou em importantes Clubs, como: Ronnie Scott’s (UK) , Duc de Lombards (FR) e Unterfahrt Jazz Club (GE), à festivais internacionais, dentre eles: Outono em Jazz (Casa Da Música / PT), Buenos Aires (ARG) , Rio das Ostras e MIMO (BR).

Rasif – Concepção do Trabalho

Veja o vídeo abaixo.

Amaro Freitas – Ouça

Ouça Rasif.

No Spotify

No You Tube

Veja Amaro e Grupo tocar em Sangue Negro.

Rasif – Rasif

Os créditos das composições são da Spotify seguindo a orientação da Far Out Records. E são todas apenas de Amaro Freitas.

Dona Eni 

Muita quebra, ritmo, timbres, tons e sons. O que dizer? Apreciar.

Há música minimalista, há, mas, há muito mais.

Elementos incríveis da música regional Pernambucana mesclado com a singularidade do som matemático.

Trupé

O tom é fora do tom, mas, cheio de dom.

Técnica e percussão intensa, muito tudo de Pernambuco.

Segue à risca a concepção do disco.

Paço

Começa dançando frevo, intensamente, no paço e cai em ritmo, mas, Amaro é um metronômo genial. Como trafega entre ritmos. Fiquei extasiado.

Rasif

É linda. Recife em Árabe ou uma expressão que pode traduzir Recife. De novo um casamento de ritmos, mas, há uma linha melódica que foge a isso. Encanta. E sentimos as ondas quebrando nos arrecifes.

Mantra

Som matemático.

Aurora

Uma construção musical que nasce entre os músicos. Aurora Musical.

Vitrais

Os títulos são vistos na música. Aqui o título vale ouro.

Você sente o refletir de luzes nos vitrais.

Plenilúnio

Linda. Atonal. Sensível.Meu Deus.

Afrocatu

Incrível, sem mais palavras, incrível. Agora é muito Hermeto Paschoal, peca neste ponto.

Amaro Freitas – Internet

Facebook – https://www.facebook.com/AmaroFreitaspiano/

Site – https://amarofreitas.com/

Para terminar, devo dizer, Agnes, minha mulher, nunca vai deixar eu colocar este disco num Encontro Cultura Alternativa.

Uma pena, pois, ela e os convidados teriam chance de ouvir algo fenomenal.

Anand Rao

Editor do Cultura Alternativa