Chick Corea em Budapest

Homenagem a Chick Corea em Budapest

Chick Corea em Budapest

Em uma noite memorável em Budapest, um concerto especial foi organizado para homenagear o legado do icônico Chick Corea, uma figura emblemática do jazz moderno.

Sob a liderança do baixista John Patitucci e do baterista Dave Weckl, ambos colaboradores de longa data de Corea, o evento se destacou pela presença e performance de três talentosos pianistas: Dániel Szabó, Beka Gochiashvili e Gadi Lehavi.

Estes artistas foram escolhidos por suas conexões e influências musicais que ecoam o estilo inovador de Corea, prometendo uma noite de tributo genuíno e emocionante.

Cada um dos pianistas convidados trouxe sua própria interpretação e sensibilidade aos clássicos de Corea, criando uma atmosfera de profunda admiração e respeito pelo trabalho do pianista.

O evento não foi apenas uma celebração musical, mas também um encontro de culturas e gerações diferentes unidas pela influência universal de Chick Corea. A preparação para o concerto foi meticulosa, refletindo o compromisso dos músicos em honrar cada nota como Chick teria desejado.

A expectativa era alta entre o público que lotou o local, composto por fãs de jazz. A energia no ambiente aumentava à medida que os primeiros acordes ecoavam pelo espaço, prometendo uma noite repleta de improvisações magistrais e momentos de pura emoção musical.

O tributo a Chick Corea em Budapest estava prestes a se tornar um evento inesquecível, uma verdadeira celebração da vida e obra de um dos maiores nomes do jazz.

Chick Corea em Budapest

O Show

O concerto teve início com a clássica “On Green Dolphin Street”, interpretada magistralmente por Beka Gochiashvili, cujos dedos dançavam pelo teclado com uma agilidade que apenas a juventude e o respeito pela tradição jazzística podem conjugar.

A performance foi seguida por “Bessie’s Blues”, também por Beka, que com seu estilo único trouxe uma nova dimensão à composição, infundindo-a com uma energia jovem e vibrante. O público estava visivelmente emocionado, aplaudindo cada improvisação que parecia ressoar nas paredes do teatro.

Dániel Szabó tomou o palco para “Monk’s Mood” e “Humpty Dumpty”, apresentando uma abordagem mais introspectiva e contemplativa. Seu toque era suave, mas intenso, refletindo a profundidade emocional das músicas e a reverência que tinha por Chick Corea.

A cada nota, Dániel capturava a essência de Monk e Corea, unindo-as em uma performance memorável que destacava seu domínio técnico e sensibilidade artística.

Gadi Lehavi se juntou à celebração com “Eternal Child” e seguiu colaborando em “Morning Sprite” e “Concerto for Trio”, demonstrando uma maturidade impressionante para sua idade. Sua habilidade de entrelaçar complexidade técnica com expressividade emocional foi uma homenagem adequada à genialidade de Corea.

A noite culminou com “Spain”, onde todos os três pianistas se uniram para uma performance explosiva, trazendo todos os presentes a um estado de êxtase musical.

Chick Corea em Budapest

Assista o show:

On Green Dolphin Street (with Beka) 00:22

Bessie’s Blues (id) 11:35

Monk’s Mood (with Daniel) 21:20

Humpty Dumpty (id) 31:00

Eternal Child 40:03 (with Gadi )

Morning Sprite (id) 52:43

Concerto for Trio part I. (with Gadi Lehavi) 01:07:58

Concerto for Trio part II. (with Beka) 01:34:00

Concerto for Trio part III. (with Daniel) 01:44:17

Spain (with Beka, Daniel, Gadi) 02:07:37

Quem foi Chick Corea

Chick Corea foi um pioneiro do jazz, cuja carreira se estendeu por mais de cinco décadas, redefinindo o gênero com cada projeto e colaboração. Nascido em 1941, Corea se aventurou no mundo do jazz fusion e foi um dos principais responsáveis por sua popularização durante os anos 60 e 70. Sua habilidade em misturar diferentes estilos e tradições musicais o tornou uma figura central na evolução do jazz.

Além de sua técnica impecável, Chick Corea era conhecido por sua capacidade de composição e arranjo, criando algumas das peças mais influentes no repertório do jazz moderno.

Álbuns como “Return to Forever” e “Light as a Feather” são considerados clássicos, eternizando seu nome entre os grandes do jazz. Seu legado inclui múltiplos prêmios Grammy, atestados por sua constante inovação e excelência musical.

A influência de Chick Corea não se limitava apenas à sua música, mas também ao seu espírito colaborativo. Ele foi mentor de inúmeros músicos e constantemente procurou maneiras de desafiar tanto a si mesmo quanto aos outros ao seu redor.

Sua abordagem generosa para com a música e o ensino deixou marcas profundas em todos que tiveram a sorte de trabalhar com ele, consolidando um legado de inspiração e de inovação constante.

Chick Corea em Budapest

John Patitucci e Dave Weckl

John Patitucci emergiu nos anos 80 como um dos baixistas mais influentes no jazz. Sua habilidade técnica e musicalidade o levaram a colaborações com grandes nomes, inclusive Chick Corea, com quem desenvolveu uma relação profissional duradoura. Patitucci é notável por sua versatilidade, sendo capaz de transitar entre o jazz acústico e elétrico com fluidez e profundidade expressiva.

Dave Weckl, por sua vez, é um baterista que revolucionou a técnica de bateria no jazz e no fusion. Conhecido por sua precisão meticulosa e dinâmica energética, Weckl foi parte integral de várias formações de Chick Corea, incluindo a Elektric Band.

Sua abordagem inovadora à percussão tornou-o um ícone para bateristas em todo o mundo, e sua parceria com Corea exemplifica a sinergia perfeita entre bateria e melodia.

A colaboração entre Patitucci e Weckl no palco é uma demonstração de habilidade e entrosamento, refletindo anos de experiência compartilhada e um entendimento musical profundo. Sua participação no tributo não apenas honrou a memória de Chick Corea, mas também destacou o impacto duradouro de suas colaborações no mundo do jazz.

Chick Corea em Budapest

Dániel Szabó, Beka Gochiashvili e Gadi Lehavi

Dániel Szabó, originário da Hungria, trouxe ao concerto uma combinação de formação clássica e uma paixão pelo jazz. Seu estilo é marcado por uma complexidade que desafia as convenções, enriquecendo cada performance com uma nova camada de profundidade. A sua habilidade em adaptar-se a diversos estilos faz dele uma presença distinta no cenário musical europeu.

Beka Gochiashvili, da Geórgia, é um prodígio do jazz que começou a tocar piano aos três anos de idade. Reconhecido internacionalmente por sua virtuosidade e energia criativa, Beka traz uma fusão de tradições do jazz com toques modernos, refletindo a evolução contínua do gênero.

Sua performance no tributo a Chick Corea foi um testemunho do seu talento excepcional e de sua capacidade de capturar a essência das composições clássicas.

Gadi Lehavi, de Israel, é outro jovem talento que tem feito nome no mundo do jazz com seu estilo inovador e emocional. Aprecia explorar a interseção entre o jazz, o clássico e o contemporâneo, fazendo de cada performance uma experiência única.

A participação de Lehavi no evento sublinhou a influência global do legado de Chick Corea, mostrando como sua música continua a inspirar artistas ao redor do mundo.

Chick Corea em Budapest

Nossa Opinião sobre Chick Corea

Como jornalista e músico, tive a oportunidade única de não apenas estudar a música de Chick Corea, mas também de sentir sua influência como uma força viva em minha jornada musical.

Corea não foi apenas um músico; ele foi um fenômeno que transcendeu gerações e géneros, moldando a paisagem do jazz com cada nota tocada. Sua capacidade de conectar-se com o público, seja através de um vibrante solo de piano ou uma harmonia complexa, foi verdadeiramente única.

Chick Corea sempre se destacou por sua inovação e criatividade, características que o tornaram uma lenda. Seu falecimento foi um momento de grande tristeza para a comunidade musical, pois perdemos não apenas um gigante do jazz, mas um mentor e inspiração para muitos músicos em todo o mundo.

Sua música, no entanto, continua viva, ressoando através das gerações e inspirando novos artistas a explorar as fronteiras do jazz e além. A tristeza pela sua partida é compartilhada por muitos, mas também celebramos a riqueza e a beleza que ele deixou para trás, uma herança musical imortal.

A passagem de Chick Corea para um outro plano, também conhecido como morte, nos lembra da fragilidade da vida mas também do poder da arte em transcender o tempo.

Como músico, sempre busquei capturar pelo menos uma fração da magia que Chick espalhou pelo mundo. Seus ensinamentos e sua música continuam a ser uma fonte de inspiração e um lembrete do impacto profundo que uma vida dedicada à arte pode ter.

Chick Corea em Budapest

Conclusão

A homenagem a Chick Corea em Budapest foi mais do que um evento; foi um momento de celebração e reflexão sobre a magia de um verdadeiro mestre do jazz. Para todos os que estiveram presentes, e mesmo para aqueles que assistirão ao vivo ou lerão sobre o evento, fica claro que o espírito de Chick Corea continuará a influenciar o mundo da música por muitos anos.

Este tributo serviu não apenas para relembrar as contribuições inestimáveis de Corea ao jazz, mas também para inspirar músicos e fãs a continuar explorando e inovando.

A música de Chick Corea, tão diversificada quanto profunda, será sempre um tesouro a ser estudado, apreciado e celebrado. Com certeza, sua memória e seu legado continuarão a ser um farol de criatividade e paixão no universo musical.

Encerramos este tributo com gratidão e admiração por Chick Corea, um artista que nunca deixou de sonhar e desafiar os limites da música. Seu legado não está apenas em suas composições, mas na paixão que ele inspirou em tantos outros. Que sua música continue a enriquecer nossas vidas e a dos futuros amantes do jazz em todo o mundo.

Anand Rao

Editor Chefe

Cultura Alternativa

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