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Coisas incríveis que o seu cérebro consegue fazer.

Cérebro

Entre as atividades estão identificar o caráter de alguém, programar o corpo para despertar e associar hábitos rotineiros

Você sabe o que Sigmund Freud e especialistas de neurociência têm em comum?

Eles concordam que o cérebro possui uma capacidade excepcional de realizar atividades sem o envolvimento da consciência — ou seja, sem você nem perceber.

Abaixo, confira algumas proezas da mente.

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Se programar para levantar-se

Um estudo da Universidade de Lubeck, na Alemanha, colocou voluntários para dormir à meia-noite durante três noites. Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo que um seria acordado às nove, e outro às seis da manhã. Entretanto, com a turma das nove, os pesquisadores adiantaram o horário de despertar, e os acordaram também às seis.

Quem foi acordado às seis da manhã teve um pico de corticotrofina — hormônio do estresse — no organismo durante quatro e meia da madrugada e seis da manhã. Já as pessoas que foram acordadas de surpresa às seis não tiveram esse problema. Para os especialistas, o inconsciente pode ativar o relógio biológico para acelerar o processo de despertar.

Tomar decisões complexas

Uma pesquisa da Universidade de Nijmegen, na Holanda, apontou que o subconsciente consegue fazer melhores escolhas do que o consciente. De acordo com a análise, se distrair do problema pode ser um bom fator porque o inconsciente consegue ir além da capacidade da memória ativa no momento da decisão.

O resultado pode parecer ser bom demais para ser verdade. Tanto que diversos cientistas tentaram replicar o estudo, mas não tiveram sucesso. Contudo, Ap Dijksterhuis, autor da pesquisa em Nijmegen, segue confiante no diagnóstico que ele e sua equipe fizeram.

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Entender rapidamente o caráter das pessoas

No começo dos anos 1990, pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, pediram que voluntários dessem notas para professores de acordo com as seguintes características: competência, confiança e honestidade. Os participantes puderam observá-los por clipes de vídeos que duravam dois, cinco ou dez segundos.

Os resultados previram as avaliações do fim do semestre, feitas pelos alunos. As impressões de dois segundos foram mais precisas do que as mais longas. Para os especialistas, a linguagem corporal é entendida pelo subconsciente, que consegue ‘classificar’ a personalidade de alguém.

Saber onde os membros estão — sem pensar

Graças ao inconsciente, é possível saber o que os membros do corpo estão fazendo e onde eles estão. A habilidade, chamada de propriocepção, é resultado da conversa constante entre o corpo e o cérebro. Ou seja, dos nervos e músculos e das sensações de fora do corpo.

“O cérebro sabe onde o corpo termina e o onde ambiente exterior começa”, disse Arvid Guterstam, do Instituto Karolinska, na Suécia.

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Desenvolver hábitos

O corpo estriado, região do cerebral, é responsável por formar hábitos recorrentes. Quando você faz algo, como dirigir ou preparar um café, o córtex pré-frontal — envolvido em tarefas complexas — se comunica com o estriado, que envia sinais para ativar movimentos.

Com o tempo, os sinais são substituídos pela ligação do estriado com o córtex motor. Esses ciclos, junto com os circuitos de memória, permite a repetição de ações sem ser necessário o pensamento.

Identificar sons e imagens antecipadamente

Estudos mostraram que quando as pessoas esperam que um som ou imagem apareça, o cérebro gera um sinal antecipado com sensores do córtex.

A habilidade de estar um passo à frente é importante para entender discursos. “O cérebro continuamente prevê sons, palavras e significados que as pessoas estão tentando produzir ou comunicar”, falou Matt Davis, da Universidade de Cambridge. “Apenas notamos um objeto quando o inconsciente calcula sua importância.”

Outras pesquisas também apontaram que o cérebro consegue usar sensores para informar. Ao escutar a gravação de um discurso, por exemplo, no qual o áudio está com uma má qualidade, as palavras ficam mais claras caso a pessoa já tenha lido o termo em algum lugar. “Os sensores no cérebro estão comparando o discurso que você ouviu com o que você previu”, explicou Davis.

(Com informações de New Scientist)

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