‘O Mergulho’ – Farol Santander

‘O Mergulho’ – Farol Santander

‘O Mergulho’ – Farol Santander

A exposição imersiva da carioca Renata Adler convida o público a refletir sobre as transformações da vida no Farol Santander.

Assim que entra no espaço, o visitante fica submerso numa floresta de móbiles que a artista chama de ‘camaleões’, onde através de um jogo de materiais refletores, reproduzindo um efeito de espelho, faz perder o sentido de proporção e multiplica a obra de arte.

São esculturas em madeira torneada, algumas parcialmente pintadas, às quais ela acrescenta vários elementos heterogêneos. Para ela, o camaleão não é aquele que se esconde adotando a camuflagem, mas sim aquele que sabe se adaptar a cada circunstância e evoluir para melhor se integrar à vida.

Farol Santander: Rua João Brícola, 24, São Paulo – São Paulo/Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h/ Exposição ficará em cartaz até 31 de março.

‘O Mergulho’ – Farol Santander

“O Mergulho” de Renata Adler: Uma Viagem Imersiva pela Arte e Transformação

Contextualização do Projeto

A talentosa artista carioca Renata Adler apresenta sua notável exposição “O Mergulho”, sob a curadoria de Marc Pottier.

Este projeto, fruto de dois anos de dedicação, vai além de uma simples exibição artística, transformando-se em uma instalação imersiva de grande escala. Adler convida o público a adentrar em uma floresta encantada, habitada por camaleões, símbolos de adaptação e mudança.

Detalhes das Obras Expostas

Entre as 17 obras destacadas, encontram-se “Amor Infinito e o Luto do Passado” (2016/2017), “Os Três Elos” (2018), “O Movimento D’água” (2018), “Chuva” (2017), e “Camaleões e o Caminho da Transformação” (2017).

Para compor esta instalação única, Adler criou mais de 250 esculturas de camaleões e 30 aquários, ocupando um andar inteiro do Farol Santander.

‘O Mergulho’ – Farol Santander

Simbolismo dos Camaleões

Os camaleões, uma assinatura distintiva de Adler, representam mais do que meros animais; eles são emblemas de adaptação e transmutação. A artista comenta, “O camaleão é um símbolo.

Toda a minha vida foi uma busca por transformação, sempre em direção a uma versão melhor de mim mesma”. Este conceito de constante evolução e adaptação permeia o DNA criativo de Adler, refletindo em sua arte a transmutação do ser e da matéria.

Processo Criativo e Materiais

Adler prefere trabalhar com madeira em sua forma mais bruta e com objetos diversos que trazem versatilidade e conexão com a natureza. As esculturas dos camaleões, feitas de finas colunas de madeira torneada, apresentam formas variadas, algumas arredondadas, outras planas, e são parcialmente pintadas.

Elementos metálicos e pequenos espelhos, que desafiam a verticalidade das obras, também são incorporados, criando uma experiência visual única.

Experiência Imersiva e Reflexiva

A instalação de Adler oferece ao público uma jornada vertical, transportando-o para um ambiente imerso em cores, fogo e água, especialmente no majestoso Farol Santander.

Trinta aquários, funcionando como vídeo-instalações, exibem o movimento fluido da água, simbolizando um rio. Essa experiência é uma representação das interrogações artísticas e filosóficas de Adler sobre movimento, mudança, integração e sincronização, e os riscos e incertezas inerentes a tais processos.

Reflexões da Artista

Renata Adler, ao refletir sobre seu trabalho, destaca a importância do movimento contínuo e da transformação tanto no ser quanto na matéria, enfatizando que isso traz paz e vitalidade.

“Nada se perde, tudo se transforma” é um mantra que ela aplica tanto em sua vida pessoal quanto profissional, simbolizando a essência de sua arte: a busca incessante pela transformação e pela nova criação.



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