Jackson do Pandeiro - Site Cultura Alternativa

Jackson do Pandeiro – Forrozeiro do Brasil

Jackson do Pandeiro

Foi e continua sendo uma escola dentro da música brasileira.

Fato é que seu legado a cada ano fica mais forte. Todos não cansam de se deliciar com as impressionantes divisões rítmicas de seu canto e seu pandeiro, pelas quais ganhou a alcunha de “O Rei do Ritmo”, e pelas letras simples, mas muito bem-feitas, que alternavam ingenuidade e malícia.

O que poucos sabem é que foi também um dos artistas mais humildes de sua época, que tanto poderia brilhar sozinho num grande palco ou como um anônimo percussionista de estúdio em discos alheios.

Jackson do Pandeiro

Restaurado tapes analógicos e projetos gráficos originais de seus antigos vinis, disponibilizados nas plataformas de streaming, seis álbuns de carreira do cantor, uma coletânea e uma playlist especial.

Este tesouro disponível nas plataformas digitais redescobre uma gama de forrós que ficaram perdidos no tempo, somando-se a outros, como o álbum “Jackson do Pandeiro” (1958), no qual lançou os clássicos “Chiclete com banana”, “Cantiga do sapo”, “Casaca de couro” e “Baião do bambolê”, e as coletâneas “O melhor de Jackson do Pandeiro” (1962) e “Casaca de couro – 14 grandes sucessos” (1995), todos do catálogo da Sony Music.

Completam a coletânea, “Os grandes sucessos de Jackson do Pandeiro” (1975) e playlist comemorativa “Jackson do Pandeiro – Forrozeiro do Brasil” , trazendo sucessos e relíquias de seu repertório, todos com minha curadoria.

Jackson do Pandeiro
Jackson do Pandeiro

Jackson do Pandeiro  – Dos confins do Brasil ao estrelato nacional

Natural de Alagoa Grande, no interior da Paraíba, José Gomes Filho apurou o gosto pela música nordestina vendo sua mãe cantar cocos nas feiras de seu povoado pobre nos anos 1920 e 30, ao lado de um pequeno grupo de músicos, em troca de alguns trocados.

Com o tempo, passou a acompanhá-la no zabumba. Após a morte do pai, mudou-se para Campina Grande, onde alternou o ofício de ajudante de padeiro, com bicos como pedreiro, pintor de paredes e limpador de fossa, mas sem esquecer a música, tocando onde quer que houvesse uma oportunidade, fosse baile, seresta, feira ou cabaré.

Por essa época é que se tornou exímio tocador de pandeiro. Fã de filmes de faroeste, tinha desde pequeno o apelido de Jack (por causa de seu ídolo, o ator Jack Perrin), daí que mais tarde já passou a ser chamado de “Jack do Pandeiro”.

Cultura Alternativa