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Fabrício Corsaletii leva prêmio de Livro do Ano no Jabuti 2023

Concurso teve 4.245 títulos inscritos em 21 categorias

A obra de poesia Engenheiro Fantasma, do paulista Fabrício Corsaletti, consagrou-se como o Livro do Ano de 2023, oferecido pelo Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Neste ano, o prêmio teve 4.245 títulos inscritos em 21 categorias, entre literatura, não ficção, produção editorial e inovação.

Corsaletti, que também recebeu o prêmio de melhor livro de poesia e ganhou R$ 70 mil, além de uma viagem para participar da próxima Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, para se reunir com editores, agentes literários e outros escritores.

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Para este ano, o prêmio permanece com quatro eixos principais – Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Uma novidade é a categoria Escritor estreante, dentro do Eixo Inovação.

A nova categoria tem como objetivo dar visibilidade ao trabalho de autores em início de carreira e motivar mais pessoas a começarem a escrever seus próprios textos.

As obras devem ser inscritas somente nas categorias Romance de Entretenimento ou Romance Literário e não concorrem ao Livro do Ano. Sobre essa restrição nas categorias, Hubert justificou dizendo se tratar de uma facilidade por conta dos jurados.

Sobre a premiação mais importante do Jabuti, a obra reconhecida como Livro do Ano receberá este ano R$ 70 mil – e não mais R$ 100 mil.

Em contrapartida, a CBL irá custear uma viagem ao vencedor para a Feira do livro de Frankfurt, a maior feira do setor, para uma série de reuniões com editores internacionais.

Prêmio Jabuti cria categoria para autores estreantes e altera premiação do Livro do Ano

Nesta edição, autor da obra escolhida como Livro do Ano levará o prêmio de R$ 70 mil e uma viagem de negócios para a Feira do Livro de Frankfurt; mudança tem como objetivo agregar valor ao autor e à obra, segundo a CBL

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Você sabe o que é o Prêmio Jabuti?

Mais tradicional prêmio literário do Brasil, o Prêmio Jabuti premia, anualmente, autores, editores, ilustradores, tradutores, gráficos e livreiros, ou seja, profissionais que atuam com a literatura e a produção de livros no Brasil.

A premiação é realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) desde 1959, e em 2023 entrará em sua 65ª edição.

Hubert Alquéres é o curador da 65ª edição do Prêmio Jabuti


Hubert Alquéres

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Atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos, Hubert já coordenou a comissão do prêmio na CBL por seis anos

Ele atua como vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro há 12 anos. Nesse período, participou da organização de Bienais do Livro e de feiras nacionais e internacionais.

Também foi um dos curadores da Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2010. No mesmo ano, recebeu a homenagem de Amigo do Livro, por sua contribuição ao livro e à leitura.

Serão oferecidos passagem aérea, hospedagem e alimentação, além da agenda de negócios com reuniões com editores, agentes literários e outros escritores.

Os vencedores de cada uma das categorias receberão a estatueta e o prêmio de R$ 5 mil (exceto Livro Brasileiro Publicado no Exterior).

Na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, a editora brasileira vencedora, caso já seja filiada ao Projeto Brazilian Publishers, será contemplada com uma Bolsa de Apoio à Tradução, no valor de R$ 5 mil, oferecida pela CBL.

Este montante deverá ser utilizado para traduzir uma nova obra de seu catálogo em língua portuguesa para qualquer outro idioma. Caso ainda não faça parte do BP, a editora será contemplada com um ano de participação integral no projeto que promove a literatura brasileira no mercado internacional.

“É um orgulho e uma honra muito grande assumir a curadoria desta edição, responsabilidade que recebo num patamar bem alto, dado ao excelente trabalho feito anteriormente por Marcos Marcionilo”, lembrou Hubert, que adiantou ainda que em breve irá anunciar os nomes do seu conselho curador.

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Clique aqui para conferir a lista completa dos vencedores 2022

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A história do Prêmio Jabuti

A década de 50, quando foi realizado a primeira edição do Prêmio Jabuti, foi marcada por grandes desafios editoriais.

O Brasil vivia uma grave crise econômica, marcada pela alta inflação e queda do preço do café no mercado internacional, o que gerava incertezas em diferentes áreas, inclusive na literatura.

A iniciativa de criar o prêmio Jabuti partiu do então presidente da CBL, Edgar Cavalheiro, e do secretário Mário da Silva Brito em conjunto com outros membros da Câmara. A ideia era premiar os profissionais da área editorial, e assim promover a sua valorização e divulgar a produção nacional.

A origem do nome Jabuti

Mas por que o prêmio se chama Jabuti? De acordo com a Câmara Brasileira do Livro, quando a premiação foi criada, o Brasil passava por um momento cultural e político influenciado pelo modernismo e nacionalismo, voltado para a valorização da cultura popular brasileira e de suas raízes indígenas e africanas.

Nesse período, os artistas e escritores, em geral, valorizavam as figuras míticas, carregadas de sabedoria e experiência de vida, típicas da cultura popular brasileira.

Assim como Monteiro Lobato, que usava personagens fantasiosos em suas histórias, a premiação escolheu a figura do Jabuti para representá-la.

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