País mais feliz do mundo
A Finlândia celebra seu oitavo ano consecutivo como o país mais feliz do mundo no World Happiness Report de 2025, marcando sua posição notável no cenário global da felicidade.
Brasil sobe no ranking da felicidade da ONU, enquanto EUA registram queda histórica
País avança oito posições e se torna o segundo mais satisfeito da América do Sul; Finlândia mantém liderança pelo oitavo ano seguido
O Brasil avançou da 44ª para a 36ª colocação no Relatório Mundial da Felicidade, publicado nesta quarta-feira (19) pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com essa melhora, o país superou o Chile e tornou-se o segundo mais bem posicionado da América do Sul, ficando atrás apenas do Uruguai (29º lugar).
Enquanto isso, os Estados Unidos atingiram sua pior marca na história do ranking, ocupando o 24º posto.
O estudo, realizado em parceria com a Gallup e a Universidade de Oxford, avalia seis critérios essenciais para medir o bem-estar populacional: renda per capita, longevidade saudável, suporte social, liberdade de escolha, generosidade e percepção de corrupção.
A Finlândia lidera a lista pelo oitavo ano consecutivo, seguida por Dinamarca, Islândia, Suécia e Holanda. Já entre os países latino-americanos, a Costa Rica se destacou ao ingressar, pela primeira vez, no seleto grupo das dez nações mais felizes do mundo.
Brasil melhora sua posição no ranking da felicidade
A ascensão do Brasil na lista reflete uma mudança positiva na percepção de qualidade de vida dos cidadãos.
Em 2024, o país ocupava a 44ª posição, agora figura no 36º posto. Essa progressão contrasta com o desempenho de outras nações sul-americanas, como o Chile, que despencou do 38º para o 45º lugar.
O Uruguai manteve-se como líder regional, consolidando-se na 29ª colocação. Já a Argentina aparece em 42º lugar, superando os chilenos.
O levantamento aponta que, mesmo diante de desafios econômicos e políticos, os brasileiros preservam fortes laços familiares e culturais, fatores que contribuem para um nível de satisfação maior.
Contudo, especialistas alertam que essa elevação não reflete necessariamente uma melhoria estrutural na qualidade de vida do país, mas sim um ajuste na percepção subjetiva dos entrevistados. O Brasil ainda enfrenta desigualdade social, corrupção persistente e dificuldades financeiras, o que pode impactar sua posição nos próximos anos.
Estados Unidos: queda expressiva e isolamento crescente
Os Estados Unidos aparecem na 24ª posição, o pior desempenho desde que o ranking foi criado em 2012. O declínio norte-americano está diretamente relacionado a mudanças no comportamento social, especialmente ao aumento da solidão.
Segundo a ONU, o número de pessoas que fazem refeições desacompanhadas nos EUA cresceu 53% nas últimas duas décadas, impactando diretamente a satisfação com a vida.
Outro fator relevante é a relação entre o tamanho das famílias e a sensação de felicidade. Em países como México e diversas nações europeias, domicílios com quatro ou cinco moradores apresentam os melhores índices de bem-estar. Nos EUA, o crescimento no número de pessoas que vivem sozinhas pode ter contribuído para a queda na lista.
Além disso, a pesquisa destaca que o aumento das desigualdades e o acesso limitado à saúde comprometem diretamente a qualidade de vida dos norte-americanos.
Embora o país tenha um dos maiores rendimentos per capita do planeta, a falta de apoio social e a crescente insatisfação da população minam a percepção de felicidade.
O que faz da Finlândia o país mais feliz do mundo?
A Finlândia mantém sua posição como a nação mais feliz do planeta pelo oitavo ano seguido. Especialistas apontam que o segredo do sucesso finlandês está no equilíbrio entre vida profissional e pessoal, políticas sociais robustas e um sistema educacional reconhecido internacionalmente.
Mesmo enfrentando desafios recentes no ensino, a Finlândia segue como referência global em bem-estar e qualidade de vida. Outros países nórdicos, como Dinamarca, Islândia e Suécia, ocupam os primeiros lugares da lista, evidenciando a importância de investimentos públicos eficientes e estratégias de proteção social.
Os extremos da lista: do México ao Afeganistão
A Costa Rica surpreendeu ao conquistar a 6ª posição, tornando-se o país mais feliz da América Latina. Já o México também apresentou um desempenho notável, garantindo um espaço no Top 10 mundial.
Pesquisadores apontam que esses países se destacam por valorizarem a convivência social e o senso de comunidade, aspectos que impactam diretamente a satisfação da população.
No outro extremo da tabela, o Afeganistão permanece no 147º e último lugar, repetindo a marca de 2024. O país, que há anos enfrenta conflitos e instabilidade política, sofre as consequências do retorno do Talibã ao poder. As mulheres afegãs estão entre as mais insatisfeitas do mundo, de acordo com os critérios avaliados pela ONU.
Reflexões sobre a felicidade: mais que crescimento econômico
O ranking da felicidade de 2025 expõe tendências contrastantes sobre o bem-estar global. O Brasil demonstra sinais de recuperação, enquanto os Estados Unidos enfrentam um retrocesso preocupante. Os países nórdicos seguem na liderança, mas a ascensão de Costa Rica e México reforça que a felicidade não depende exclusivamente da economia.
A pesquisa mostra que fatores como convívio social, sensação de pertencimento e políticas de proteção ao cidadão têm grande influência na satisfação com a vida. Mais do que indicadores financeiros, o bem-estar emocional e a coesão social se revelam fundamentais para a construção de sociedades mais felizes e resilientes.
País mais feliz do mundo
Anand Rao e Agnes Adusumilli
REDAÇÃO SITE CULTURA ALTERNATIVA