ANAC lança manual sobre uso de drones em aeroportos: inovação e segurança em pauta
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) deu um passo significativo ao lançar, em setembro de 2025, o Manual sobre Operação de Drones no Apoio às Atividades Aeroportuárias.
O documento representa não apenas uma compilação de boas práticas, mas também um guia estratégico para modernizar e tornar mais seguras as operações nos aeroportos brasileiros.
Além de trazer orientações técnicas, o manual mostra como a integração dos drones pode revolucionar setores essenciais, ampliando a eficiência operacional e reduzindo impactos ambientais.
Como os drones podem transformar a gestão aeroportuária
O uso de drones em aeroportos não é novidade, mas a criação de um manual oficial estabelece parâmetros claros e padronizados.
Com isso, os gestores passam a ter um guia confiável para adotar a tecnologia de forma mais ampla.
Entre as aplicações destacadas pela ANAC, estão:
- Inspeção de pistas e pátios, com sensores e câmeras que identificam fissuras ou objetos estranhos, permitindo correções preventivas;
- Gerenciamento da fauna, já que drones podem afastar aves com o uso de alto-falantes e câmeras térmicas;
- Monitoramento de obras e questões ambientais, garantindo precisão e agilidade na coleta de informações.
Desse modo, o manual não apenas orienta, mas também encoraja a adoção de novas soluções, criando um ambiente mais tecnológico dentro da aviação civil.
Segurança em foco: prevenção contra drones não autorizados
Se por um lado os drones trazem benefícios, por outro, o uso indevido desses equipamentos em áreas restritas pode gerar riscos sérios.
Pensando nisso, a ANAC também disponibilizou o Manual para Identificação e Captura de Drones em Ambientes Aeroportuários, desenvolvido em parceria com o Brazilian Aviation Security Team (BASeT).
Esse documento apresenta definições e protocolos claros para lidar com drones não autorizados. Assim, os aeroportos podem contar com diretrizes que fortalecem a segurança operacional, evitando incidentes durante pousos e decolagens.
Portanto, a combinação entre manuais de uso operacional e segurança cria uma estrutura de referência para todo o setor.
Benefícios ambientais e operacionais
Um dos pontos mais destacados pela ANAC é a contribuição ambiental da adoção de drones. Testes em aeroportos como Confins, Vitória e Florianópolis demonstraram redução no consumo de combustível e nas emissões de CO₂.
Além disso, os drones diminuem a necessidade de grandes equipes em campo, otimizando tempo e custos. Consequentemente, os aeroportos tornam-se mais sustentáveis, alinhando-se a práticas que já são tendência no transporte aéreo mundial.
Outro diferencial é o uso de inteligência artificial integrada aos drones. Essa tecnologia permite automatizar análises de pavimento, verificar o balizamento das pistas e identificar objetos estranhos com maior rapidez.
Em síntese, a soma de drones e inteligência artificial amplia a precisão das inspeções e aumenta a eficiência das operações.
O que esperar para o futuro
A publicação dos manuais abre espaço para uma nova etapa da aviação civil brasileira. À medida que os aeroportos adotarem essas práticas, será possível observar não apenas maior segurança, mas também ganhos de produtividade e redução de custos.
Além disso, o setor privado pode se beneficiar, com a criação de novos serviços especializados e o fortalecimento da indústria nacional de drones.
Ao mesmo tempo, a padronização traz confiança para os usuários, já que assegura que todos os procedimentos sigam critérios técnicos reconhecidos.
Por fim,
O lançamento dos manuais pela ANAC representa um avanço importante na integração de tecnologia e segurança nos aeroportos do Brasil.
Mais do que uma recomendação, trata-se de um marco para a aviação civil, que passa a contar com diretrizes modernas e alinhadas às práticas internacionais.
Em um cenário em que a inovação é cada vez mais determinante, os drones surgem como aliados estratégicos.
Agora, resta a pergunta: será que, em pouco tempo, esses equipamentos deixarão de ser auxiliares para se tornarem indispensáveis no dia a dia dos aeroportos brasileiros?
REDAÇÃO SITE CULTURA ALTERNATIVA