Meta AI dispara em usuários e prepara uma revolução sob medida
A Meta AI ultrapassou a marca de um bilhão de usuários mensais, conforme revelou Mark Zuckerberg. E isso, segundo ele, é apenas o começo.
A companhia lançou o LLaMA 4, com os modelos Scout e Maverick, e já está desenvolvendo o imponente Behemoth, que ultrapassará 2 trilhões de parâmetros.
No entanto, mais do que potência, o grande diferencial será a personalização extrema: as inteligências artificiais aprenderão com os gostos, interações e preferências de cada pessoa.
Os novos sistemas são multimodais — compreendem texto, imagens e voz — e foram projetados para funcionar com alta eficiência em dispositivos populares.
A estratégia da Meta é clara: integrar a IA ao cotidiano, tornando-a acessível, prática e adaptada a smartphones, óculos inteligentes e assistentes virtuais.
Além disso, Zuckerberg explicou que a Meta utilizará técnicas de destilação de IA, capazes de reduzir o tamanho dos modelos sem sacrificar inteligência.
Isso permitirá que até aparelhos mais simples tenham acesso a assistentes altamente capazes, sem depender exclusivamente de grandes centros de dados.
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Código aberto, disputa mundial e uma batalha de valores
Zuckerberg destacou que a Meta foi pioneira na abertura de seus modelos de linguagem (LLMs), criando uma comunidade de desenvolvedores em todo o mundo.
Ainda assim, a licença do LLaMA exige que grandes corporações dialoguem com a Meta antes de usarem os modelos em larga escala — uma exigência que ele considera justa e necessária.
Na corrida global pela inteligência artificial, a disputa com empresas chinesas, como a DeepSeek, é uma realidade.
Apesar das restrições comerciais, essas organizações vêm desenvolvendo IA de alto desempenho, especialmente em tarefas textuais.
Mesmo assim, a Meta continua liderando no campo multimodal e na eficiência computacional.
Outro tema central mencionado por Zuckerberg é a incorporação de valores culturais nas IAs. Modelos desenvolvidos em diferentes países refletem visões de mundo distintas.
A Meta tem buscado assegurar que suas IAs integrem uma ampla diversidade de valores à medida que ganham sofisticação e alcance global.
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O futuro: AGI, superinteligência e o papel social das máquinas
A Meta não pretende limitar suas criações a assistentes virtuais. Zuckerberg revelou que a missão é atingir a AGI (Inteligência Artificial Geral) e, no futuro, a ASI (Superinteligência Artificial).
O objetivo: criar assistentes que não apenas respondam perguntas, mas atuem como parceiros de trabalho e até ofereçam suporte emocional.
O executivo reforçou que a evolução da IA não eliminará empregos. Pelo contrário, muitas ocupações serão transformadas e novas funções surgirão.
Como exemplo, citou o atendimento ao cliente: as inteligências artificiais poderão resolver 90% das demandas, reduzindo custos e permitindo que as empresas ampliem o serviço humano em áreas mais complexas.
Zuckerberg também trouxe à tona uma preocupação social: a solidão. “O americano médio tem menos de três amigos. A maioria desejaria ter aproximadamente 15”, revelou.
As IAs poderão ajudar as pessoas a aprimorar a comunicação e até orientar em conversas delicadas com parceiros, colegas de trabalho ou gestores.
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Monetização, cultura digital e o mundo interativo do amanhã
A comercialização da IA seguirá modelos variados. Para o público em geral, os recursos permanecerão gratuitos, financiados por publicidade.
Para empresas e usuários especializados, haverá opções premium que garantirão acesso a funções avançadas e agentes autônomos de codificação e produtividade.
Zuckerberg prevê uma explosão criativa nos próximos anos. Assim como a internet evoluiu do texto para imagens e vídeos, ele acredita que o futuro incluirá interações imersivas e conteúdos gerados por IA — com avatares hiper-realistas, hologramas e experiências digitais personalizadas.
Sua visão é otimista: “Haverá mais beleza no mundo. As IAs impulsionarão a criação de memes, manifestações culturais, arte e até suporte emocional”.
Contudo, ele alertou para a importância de desenvolver essas tecnologias com responsabilidade, evitando que se tornem invasivas ou causem dependência excessiva.
Anand Rao e Agnes Adusumilli
Editores Chefes
Cultura Alternativa