Hoje, no Dia do Leitor, é pertinente refletir sobre o panorama atual da leitura no Brasil.
A 6ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada em novembro de 2024, revela uma tendência preocupante: pela primeira vez na série histórica, a maioria dos brasileiros não é considerada leitora.
Principais dados da pesquisa:
Percentual de leitores: Apenas 47% da população brasileira com cinco anos ou mais leu pelo menos parte de um livro nos três meses anteriores à pesquisa, indicando uma redução de 6,7 milhões de leitores em quatro anos.
Média de livros lidos: Entre todos os entrevistados, a média foi de 2,04 livros nos três meses anteriores à pesquisa, sendo 0,82 lidos integralmente e 1,22 em partes. Entre os leitores, a média foi de 4,36 livros, com 1,75 lidos inteiros e 2,61 em partes.
Motivações para a leitura: As principais razões apontadas para ler são o gosto pessoal (24%), busca por distração (15%) e atualização cultural ou conhecimento geral (15%).
Influência da escolaridade: A leitura é mais frequente entre pessoas com ensino superior, cuja média anual chega a 6,45 livros, em contraste com 3,07 livros entre aqueles que têm apenas o ensino fundamental.
Impacto da idade: O hábito de leitura diminui com a idade. Entre crianças de 5 a 10 anos, 38% leem por gosto pessoal, percentual que cai para 17% entre adultos acima de 40 anos.
Gênero: As mulheres continuam lendo mais que os homens, com 50,4% delas sendo leitoras contra 42,9% dos homens.
Influência das telas: O aumento do tempo dedicado à internet e às redes sociais tem sido apontado como um fator que compete com o tempo disponível para a leitura de livros.
Esses dados evidenciam a necessidade de políticas públicas e iniciativas que promovam a leitura, especialmente entre os jovens e as populações menos escolarizadas, para reverter essa tendência e fomentar uma cultura leitora mais robusta no país.
Dia do leitor
Origem do Dia do Leitor
Comemoração Brasileira, surgida a partir do aniversário do jornal cearense “O Povo”, que foi fundado em 7 de janeiro de 1928 pelo poeta e jornalista brasileiro Demócrito Rocha.
Dentista, funcionário dos Correios e telégrafos, intelectual, deputado federal e jornalista combativo, fundou, em 1929, o órgão literário Maracajá, tido na terra de Alencar como a “revista literária que o paladino e trincheira do movimento modernista no Ceará”.
Quando Demócrito Rocha fundou o jornal diário O Povo, que se transformaria numa espécie de cartão de visita do Ceará, o Maracajá passou a circular como um dos seus suplementos.
Por um lado, O Povo combatia os “desregramentos políticos da época”, e por outro, o Maracajá abrigava a produção dos poetas e intelectuais da terra, onde o próprio Demócrito Rocha publicou a maioria de seus poemas, curiosamente sempre assinados com o pseudônimo de Antônio Garrido.
E como criar um hábito diário de leitura
- Crie um espaço de leitura e tenha um horário
- Identifique o que você gosta
- Visite uma biblioteca ou livraria
- Escute música
- Selecione tipos de texto
- Troque livros e ideias com amigos
Com este hábito aos poucos você irá conhecendo suas preferências e tópicos, se gosta de romances, poesias e até literatura policial.
Agnes Adusumilli
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