“Ainda Estou Aqui”: Filme Brasileiro
“Ainda Estou Aqui’ está disponível para clientes na Claro tv+ sem custo adicional através do Globoplay a partir deste domingo (6)
Fernanda Torres leva Globo de Ouro por atuação em Ainda Estou Aqui
O cinema brasileiro vive um momento histórico. A atriz Fernanda Torres recebeu nesta segunda-feira (6), em Los Angeles, nos Estados Unidos, o prêmio Globo de Ouro de melhor atriz na categoria Drama.
A premiação, entregue pela primeira vez a uma brasileira, é um reconhecimento ao trabalho de Fernanda no filme Ainda Estou Aqui. Na produção, ela interpreta a advogada Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, deputado federal assassinado pela ditadura militar em 1971.
Fernanda concorria com grandes estrelas de Hollywood como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Tilda Swinton, Pamela Anderson e Kate Winslet.
A seleção do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, para representar o Brasil na busca por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2025, marca um momento significativo para o cinema nacional.
A obra, que já recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no prestigiado Festival de Veneza, desperta expectativas sobre um possível retorno do Brasil ao maior prêmio do cinema mundial, após a indicação de “Central do Brasil” em 1999, também dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Montenegro.
O Enredo Inspirador de “Ainda Estou Aqui”
O filme é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e mergulha na trajetória de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres em sua maior parte e por Fernanda Montenegro em momentos-chave.
Eunice era esposa do engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado e desapareceu em 1971 durante a ditadura militar.
A obra não apenas retrata o drama pessoal de Eunice ao lidar com a perda e o desaparecimento do marido, mas também destaca sua determinação ao se reinventar e se tornar uma especialista na defesa dos direitos dos povos indígenas no Brasil.
É uma história que transborda resistência, memória e transformação, elementos que a tornam uma obra relevante e profundamente conectada à história do país.
“Ainda Estou Aqui”: Filme Brasileiro
A Importância de “Ainda Estou Aqui” para o Cinema Nacional
A escolha do filme para representar o Brasil no Oscar 2025 não é apenas uma honra para seus realizadores, mas também um reconhecimento do valor e da potência do cinema brasileiro.
O último filme a representar o Brasil na disputa foi “Central do Brasil”, que alcançou um feito histórico ao ser indicado para Melhor Filme Estrangeiro e também garantir uma indicação de Melhor Atriz para Fernanda Montenegro.
Agora, com “Ainda Estou Aqui”, há uma expectativa de que Fernanda Torres, filha de Montenegro, possa seguir o mesmo caminho, representando mais uma vez o talento brasileiro na indústria cinematográfica mundial.
Reconhecimento Internacional e Expectativas para o Oscar
O sucesso do filme no Festival de Veneza já deu sinais de seu potencial. Além de vencer o prêmio de Melhor Roteiro, “Ainda Estou Aqui” tem recebido elogios da crítica internacional, sendo mencionado em listas de possíveis indicados ao Oscar pela revista “The Hollywood Reporter”.
No cenário global, a produção é vista como um concorrente forte na categoria de Melhor Filme Internacional, onde seu principal rival até o momento é “Emília Perez”, representante da França.
O filme também possui potencial para ser indicado em outras categorias do Oscar, graças às atuações impressionantes do elenco e à direção habilidosa de Walter Salles.
Se conseguir passar pelo primeiro corte da Academia de Hollywood, que acontecerá em 17 de dezembro com a divulgação da shortlist dos filmes internacionais, “Ainda Estou Aqui” estará um passo mais próximo de representar o Brasil na cerimônia que acontecerá em 2 de março de 2025.
“Ainda Estou Aqui”: Filme Brasileiro
O Contexto Histórico e a Relevância do Tema
Ambientado durante a ditadura militar, o filme traz à tona um dos períodos mais sombrios da história brasileira, ao contar a luta e a resiliência de uma mulher diante da perda e da incerteza.
A história de Eunice Paiva é um relato da dor e da força de uma geração que enfrentou repressão e violência, mas que também encontrou formas de resistir e lutar por justiça.
A obra, ao trazer esse passado à tona, faz um convite à reflexão sobre os impactos da ditadura e o papel da memória na construção da identidade nacional.
Esse contexto histórico não apenas adiciona profundidade à narrativa, mas também torna “Ainda Estou Aqui” uma obra de relevância universal, dialogando com outras produções internacionais que abordam temas de resistência e luta por direitos humanos.
A Importância do Cinema Brasileiro no Cenário Internacional
A escolha de “Ainda Estou Aqui” pela Academia Brasileira de Cinema reflete a qualidade e a diversidade das produções nacionais. A presidente da Comissão de Seleção, Bárbara Paz, destacou que a decisão foi unânime e que o filme representa um “momento histórico para nosso cinema”.
Essa seleção é um reconhecimento do potencial do Brasil em criar narrativas que têm o poder de emocionar e impactar plateias de todo o mundo.
Por fim,
“Ainda Estou Aqui” não é apenas um filme; é um testemunho do poder do cinema em contar histórias que ressoam com a realidade, a memória e a identidade de um país.
A seleção do filme para representar o Brasil no Oscar 2025 marca um momento de celebração e esperança para o cinema nacional, que tem a chance de mais uma vez brilhar no cenário mundial.
Agora, resta aguardar e torcer para que a obra conquiste seu espaço entre os indicados, reafirmando a força e o talento do cinema brasileiro.
Agnes ADUSUMILLI
REDAÇÃO SITE CULTURA ALTERNATIVA