CATANIA, A CIDADE DO ETNA.

A visita em Catânia por três dias (10, 11, 12 de maio de 2024 ), a princípio não poderia ser outra: visitar o Etna, o vulcão mais alto da Europa fora da região do Cáucaso e um dos mais ativos do mundo, mas encontramos muito mais nessa cidade. Catania tem uma história rica que remonta à antiguidade. Foi uma importante cidade grega, romana e bizantina antes de se tornar parte do Reino da Sicília.

Após a destruição causada por erupções e terremotos, especialmente o devastador terremoto de 1693, a cidade foi reconstruída utilizando lava vulcânica, o que confere a Catania sua aparência distinta, com muitos edifícios e ruas construídos com pedra de lava.

Embora tenha essa relação íntima com o vulcão, que faz de Catania uma cidade única, é rica em história e tem uma identidade marcadamente distinta. A reconstrução de Catania no século XVII deu à cidade um magnífico estilo barroco. A Piazza del Duomo, com a Catedral de Sant’Agata e a famosa Fonte do Elefante, é um exemplo significativo dessa arquitetura.

Fundada em 1434, a Universidade de Catania é uma das mais antigas da Itália e desempenha um papel crucial na vida intelectual e cultural da cidade.

O porto de Catania é um dos mais importantes da Sicília, facilitando o comércio e a conexão com outras partes da Itália e do Mediterrâneo.

Visitando esses locais de Catania nos deparamos com um anuncio de um concerto que seria levado na Igreja da Badia di Sant’Agata. Por sorte, naquele mesmo dia haveria uma dessas apresentações. O concerto seria as 19:30. Então passeamos pela Praça del Duomo onde se localiza a Catedral de Sant’Agata e a Fonte do Elefante.

Sentamos em um café e tomomanos um capuccino, apreciando o movimento da cidade. Os cataneses demonstram uma hospitalidade calorosa e espírito amigável. Percebe-se na população de Catania é uma mistura de influências históricas, refletindo a herança grega, romana, normanda, árabe e espanhola. Essa diversidade é visível na culinária, nas tradições e nas celebrações locais. A vida comunitária é vibrante, com muitos eventos locais, festivais e celebrações que envolvem toda a cidade.

Após essa tarde maravilhosa fomos ao concerto, no esplêndido cenário da Igreja da Badia di Sant’Agata, ao som das notas mágicas de Bellini, Verdi, Donizetti, Mascagni e muitos outros. A orquestra de câmara era exclusivamente feminino composto por quatro cordas (primeiro violino Alexandra Dimitrova, segundo violino Carlotta Cosentino, viola Rosaria Milici, violoncelo Chiara D’Aparo) acompanhou com maestria os dois cantores profissionais: Antonio Costa, tenor, Susanna La Fiura, soprano.

Ouvimos as pérolas maravilhosas da música universal. A execução do “Intermezzo” retirado da “Cavalleria Rusticana” de Pietro Mascagni, pelo quarteto de cordas, foi magistral; o verdadeiro destaque da noite foi a interpretação da famosa ária de “Norma” de Vincenzo Bellini, “Casta diva”, cantada pela soprano Susanna La Fiura que emocionou o público presente.

Aplausos também ao tenor Antonio Costa pela interpretação composta, elegante e intimista da ária “Una furtiva lagrima” de Donizetti. Não faltaram pedidos para um bis de “Brindisi” extraído de “La Traviata” de Giuseppe Verdi, ao final do qual parecia necessária uma ovação de pé. “Va, pensiero”, “Valzer di Musetta” são apenas algumas das canções eternas que apreciamos empolgadamente.

Gravamos todo o espetáculo, mas oferecemos para vocês a gravação do bis de “Brindisi”, como disse, uma área extraído de “La Traviata” de Giuseppe Verdi.

Ao final, conversamos com o tenor Antonio Costa e a soprano Susanna La Fiura, que se interessou pela filmagem que fiz. Já enviei todo material para ele.

As visitas ao Etna , a cidade de Taormina e Savoca serão objeto de capítulos a parte

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