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Ciberataques e clima extremo: os maiores temores corporativos

Ciberataques e eventos climáticos extremo

Entre ciberataques e clima extremo, cresce o temor das empresas no Brasil e no mundo

Uma pesquisa global realizada pela Allianz Commercial, divisão da seguradora internacional Allianz, revelou uma mudança significativa no cenário corporativo: os ciberataques superaram os desastres naturais como a principal preocupação das empresas.

No Brasil, essa apreensão é reforçada por casos recentes, como o ataque hacker à C&M Software, empresa responsável pela comunicação entre instituições financeiras e o Banco Central.

Ao mesmo tempo, os eventos climáticos extremos continuam a gerar receios, especialmente na América Latina.

Cibersegurança em destaque: empresas pressionadas por ameaças digitais

De acordo com o Allianz Risk Barometer 2024, os ataques cibernéticos ocupam, pelo terceiro ano consecutivo, o topo da lista de riscos corporativos.

Esse temor é ainda mais intenso nas Américas, onde a digitalização acelerada deixou muitas organizações mais vulneráveis. Segundo Shanil Williams, diretor global da Allianz Commercial para a região, a pandemia impulsionou a adoção de soluções digitais, mas também expôs fragilidades.

Nesse contexto, o episódio envolvendo a C&M Software é revelador. A empresa foi alvo de um ataque que interrompeu temporariamente a comunicação com o Sistema de Pagamentos Brasileiro, evidenciando o quanto a infraestrutura digital ainda carece de defesas robustas.

Assim, o incidente reforça a urgência de investir em segurança da informação.

Brasil em alerta: riscos digitais e climáticos se intensificam

Além das ameaças virtuais, o Brasil enfrenta crescentes desafios ligados às mudanças climáticas. Conforme destaca David Colmenares, CEO da Allianz Commercial para a América Latina, é necessário um esforço coordenado para fortalecer tanto as defesas digitais quanto a resiliência ambiental.

Em 2023, por exemplo, enchentes no Sul e secas prolongadas no Centro-Oeste resultaram em prejuízos significativos.

Nesse cenário, setores como o agronegócio, a logística e a energia foram diretamente impactados. Além disso, a falta de políticas públicas mais eficazes de prevenção e adaptação contribui para a vulnerabilidade das empresas brasileiras.

Portanto, é essencial que o país adote medidas estruturais para mitigar esses riscos de forma consistente.

A conexão entre os riscos físicos e digitais

Uma das principais conclusões do relatório é que os riscos cibernéticos e climáticos estão, cada vez mais, interligados. Por exemplo, um desastre natural pode afetar diretamente centros de dados e sistemas de comunicação.

Da mesma forma, um ataque cibernético pode comprometer serviços essenciais em momentos críticos, como durante uma emergência ambiental.

Diante disso, as empresas precisam ir além da proteção pontual. Torna-se indispensável adotar uma abordagem integrada, que envolva planejamento estratégico, simulações de resposta a crises e capacitação contínua de equipes. Dessa forma, é possível aumentar a capacidade de resposta frente a diferentes tipos de ameaça.

Preparação é essencial para garantir a continuidade dos negócios

Embora o relatório da Allianz aponte um aumento na conscientização sobre esses riscos, muitas empresas, sobretudo na América Latina, ainda não estão preparadas para enfrentá-los.

Conforme os dados revelam, os custos médios de um ataque cibernético no Brasil já ultrapassam os R$ 6 milhões. No entanto, a contratação de seguros especializados e a capacitação técnica ainda avançam lentamente.

Ao mesmo tempo, cresce o interesse por soluções personalizadas de proteção digital e por programas de treinamento voltados à prevenção. Esse movimento, embora promissor, precisa ser ampliado para garantir uma resposta mais eficaz em larga escala.

Reflexão final: agir agora é mais importante do que nunca

Diante do cenário apresentado pela Allianz, fica evidente que as empresas brasileiras e latino-americanas precisam repensar sua forma de lidar com os riscos modernos.

Investir em tecnologia, adotar práticas sustentáveis e desenvolver planos de contingência deixou de ser uma escolha e passou a ser uma exigência estratégica.

Portanto, é fundamental compreender que proteger dados, infraestrutura e operações não é apenas uma questão técnica, mas sim uma decisão essencial para garantir a sobrevivência e a competitividade das organizações.

REDAÇÃO SITE CULTURA ALTERNATIVA


Fonte de Pesquisa Bloomberglinea