Futebol – Gol a Gol: Uma Partida no Terreno da Comédia
Em um típico domingo de futebol, onde a paixão pelo esporte deveria ser a protagonista, encontramos um cenário digno de uma comédia pastelão: um campo de futebol estadual transformado em selva urbana, com a grama tão alta que quase poderíamos perder os pés dos jogadores de vista, e um placar tão improvisado que desafiava as leis da gravidade – e da lógica.
Em meio ao fervor dos torneios estaduais, onde o glamour dos grandes estádios dá lugar à simplicidade dos campos locais, nosso palco de hoje é uma mistura futebol com aventura na selva.
O campo, mais parecido com um terreno baldio do que com uma arena esportiva, oferecia aos jogadores um desafio extra: driblar não só os adversários, mas também a própria grama.
E quanto ao placar, ah, o placar! Uma inovação tecnológica de última geração, onde cada gol era atualizado manualmente – e literalmente – por um funcionário que, ao estilo de um equilibrista, tentava manter os números em pé.
Futebol
Entre risadas e tropeços, o jogo se desenrolava. A bola, quando visível entre as folhagens, era disputada com a tenacidade de quem luta não apenas pelo gol, mas pelo direito de ser visto em campo. Os torcedores, divididos entre o incentivo e a gargalhada, assistiam a um espetáculo que era menos Copa do Mundo e mais Copa da Floresta.
Confesso que, enquanto observava esse cenário, me perguntei: estamos realmente assistindo a um jogo de futebol ou a um episódio perdido de algum programa de comédia? A resposta veio com cada chute onde a bola parava na grama gerando assim o primeiro gol do Fluminense feito por Lelê. A grama foi quem definiu o jogo, pois, os times eram horríveis.
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No fim, o que ficou desse jogo não foi o resultado, que o placar insistiu em esconder, mas a lembrança de um domingo onde o futebol se encontrou com o humor de forma tão natural quanto a grama que dominava o campo.
Talvez o verdadeiro vencedor tenha sido aquele que, entre um gol e uma risada, soube apreciar o espetáculo único que o futebol, em sua essência mais pura e desorganizada, pode oferecer.
Anand Rao
Editor Chefe
Cultura Alternativa