Inovação: o coração pulsante do capitalismo
Sandro Schmitz dos Santos – Doutorando em Economia, com extensão universitária em FinTech pela Universidade de Chicago, Sócio-Diretor da Austral Consultoria e Investimentos, Colunista de Economia do Portal Cultura Alternativa, Professor de Direito Internacional Público, Direito Internacional Privado e Economia Internacional em Porto Alegre/RS.
Schumpeter em sua obra “Capitalismo, Socialismo e Democracia” criou o conceito de destruição criativa cuja definição ficou como: “processo de destruição e posterior reconstrução, com outro arranjo dentro da sociedade, que leva ao progresso econômico”.
Por meio desse conceito o autor evidenciou algo que todos já sabiam de forma prática: o grande impulsionador do capitalismo é a inovação, pois sendo um modelo onde o setor produtivo se preocupa em atender as necessidades de seu consumidor é fundamental que as empresas estejam, de forma permanente, inovando, buscando novas soluções para problemas existentes.
Em função dessa característica, a inovação pode ser considerada o coração pulsante do capitalismo, pois ao gerar permanente busca pelo aperfeiçoamento o processo de inovação colabora de forma direta para evitar os principais males para uma economia de mercado, dentre eles o monopólio, pois ao estar em permanente aperfeiçoamento permite que empresas criem novas soluções para problemas antigos impedindo a monopolização da economia.
Inovação
Além disso, o processo de inovação permite uma melhor e mais adequada distribuição de riqueza por meio do aumento de oportunidades de produção e trabalho tendo um efeito extremamente salutar na educação, tendo em vista que, ao desenvolver novas tecnologias provoca um processo de aperfeiçoamento nos sistemas de educação devido a exigência de novas competências técnicas.
Todos esses benefícios só são possíveis em um modelo capitalista de mercado, pois apenas a livre circulação de ideias promove uma constante de troca de conhecimentos provocando a busca de soluções inovadoras para seu público consumidor.
Nessa esteira de pensamento temos a confirmação do postulado por Friedrich Hayek que afirmou que toda a informação é descentralizada, e, em razão disso o conhecimento é disperso na sociedade.
Desta forma, nenhum agente tem informações sobre todos os fatores que influenciam os preços e a produção em todo o sistema, e, portanto todas as decisões são mais bem tomadas por quem tem conhecimento local e não por uma autoridade central.
Inovação
Em função disso, o capitalismo, dada a liberdade de troca de informações, é superior a qualquer modelo dominado por “tecnocratas iluminados” que tenham a pretensão de controle da economia.
Dentro dessa perspectiva, o SouthSummit desde sua origem é um dos principais motores de inovação do planeta, desde sua primeira edição em 2012 em Madri até as edições contemporâneas em Bilbao e Porto Alegre/RS.
Até 2022 esse evento já havia reunido mais de 20 mil participantes, 8.000 empreendedores, sendo 7.000 corporativos e 1.600 investidores com uma carteira de investimentos de 135.000 milhões de dólares.
A escolha de Porto Alegre/RS para sua edição fora da Espanha não se dá por acaso, pois o Rio Grande do Sul possui mais de 1.000 startups e 15 parques tecnológicos com referência continental, o estado é um dos líderes na transição para a economia digital na América do Sul.
Adicionando a isso sua posição estratégica em relação aos países do MERCOSUL, visto que Porto Alegre está a menos de duas horas de voo das três capitais do bloco tornando a capital dos gaúchos um polo de atração para a nova economia.
Inovação
Frente a tudo que foi mencionado fica relativamente fácil compreender a importância global do SouthSummit para a inovação e seu papel fundamental no estabelecimento de um ecossistema transnacional de inovação sob os mais diversos aspectos.
Aliado a isso, temos ainda o comprometimento do evento em temas ligados a sustentabilidade em seus três aspectos: ambiental, econômico e social, garantindo soluções de longo prazo para os grandes problemas da atualidade.
Neste sentido o SouthSummit comprova a fala de Peter Drucker quando afirmou: “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. E, é justamente isso que o SouthSummit e todos seus participantes estão fazendo, por meio de ações realizadas no presente estão criando o futuro e as condições de um mundo mais confortável no futuro para toda espécie humana.
Um grande desafio, mas que todos os envolvidos não pretendem desistir. Assim sendo, longa vida ao SouthSummit em todas as suas edições possíveis.
Artigo – Sandro Schmitz dos Santos – Analista e Consultor Internacional, Sócio-Diretor da Austral Consultoria [www.austral.cc]
e-mail: sandro.schmitz@austral.cc
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