É verão na Europa! Muito calor em 23, como têm feito corriqueiramente nos últimos anos.

Nas ruas, praças, esquinas e palcos de Marciac, pequena cidade do Departamento do Gers, Sul da França, a gente se sente ainda mais aquecido.

Durante a 45 edição do Festival Jazz In Marciac (JIM), a música ajuda a nos envolver numa onda de calor sobressalente, mas agradável.

A reportagem do Cultura Alternativa dá um pulo no JIM nesse começo de agosto e aproveita para contar a seus leitores tudo sobre o festival, que iniciou dia 20 e se encerra no sábado.

No total, 34 concertos vão ter feito a felicidade dos milhares de fãs de jazz, de todas as origens, que prestigiam o festival a cada ano.

Jazz in Marciac 2023

O JIM deste ano aposta no encontro de criadores, saltando fronteiras, com abertura às artistas e aos estrangeiros. Assim, o Brasil terá seu espaço. Gilberto Gil é a atração principal da sexta-feira.

Bem, na noite de terça feira, quem subiu ao palco do Chapiteux (cena principal do featival) foram dos grupos.

O primeiro, um quarteto de sopro, cordas e acordeon chamado “Sissoko, Segal, Parisien et Peirani” toca jazz em estado bruto, podemos dizer. É a música acontecendo na hora, no improviso. Ritmo e fluidez, tensão e relaxamento.

Embora só recentemente tenha se juntado, o grupo exala harmonia entre os integrantes e entrega momentos de grande arrebatamento ao público. Um exemplo, a interpretação do título “Esperanza”.

O segundo concerto da noite foi o do tocador de alaúde e cantor tunisiano Dhafer Youssef. O artista transformou o Chapiteaux numa esquina de uma pequena cidade da África muçulmana.

Escoltado por uma banda com groove jazz, ele fez seu alaúde duelar docemente com o duduk (instrumento de sopro hiper presente na música armeniana) de Norayr Gapoyan durante toda a apresentação.

Sua música é bastante representativa da cultura pop oriental do momento, entretanto com fortes bases de jazz ocidental.

No grupo multi-étnico de Youssif destaque ainda para o percussionista brasileiro Adriano dos Santos Tenório. Momento épico do show foi a homenagem a Herbie Hancoc, com a candente execução de “Herbie’s Dance”, criação de Youssef.

Jazz in Marciac – Saiba os destaques de 2022