Aeroporto de Guarulhos adota novas exigências para líquidos em bagagem de mão
O Aeroporto Internacional de Guarulhos passou a aplicar de forma rigorosa as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre o transporte de líquidos em bagagem de mão.
A medida, que surpreendeu muitos passageiros, tem gerado filas extensas e discussões sobre o impacto direto na experiência de embarque.
Ao mesmo tempo, especialistas afirmam que a mudança busca alinhar o maior aeroporto do país a padrões internacionais já consolidados.
Novas exigências: o que muda para o passageiro
De acordo com a regulamentação, todo líquido, creme, gel ou aerossol precisa estar em frascos de até 100 ml, mesmo que não estejam totalmente cheios.
Além disso, esses itens devem ser colocados dentro de um saco plástico transparente, vedável, no estilo zip lock, com capacidade de até 1 litro e dimensões máximas de 20 × 20 cm.
Nesse sentido, cada passageiro só pode transportar um saco desse tipo, o que exige planejamento cuidadoso na hora de arrumar a bagagem de mão.
Embora a regra exista desde 2019, sua aplicação vinha sendo flexível em Guarulhos. Agora, no entanto, a fiscalização passou a ser intensa, especialmente nos voos internacionais.
Impacto imediato no embarque
Como consequência da aplicação mais rígida, os primeiros dias foram marcados por longas filas nos pontos de inspeção de segurança.
Passageiros relataram surpresa diante da medida, já que muitos não tinham conhecimento da exigência. Até mesmo canais prioritários, como o Fast Pass, sofreram atrasos, o que demonstra a abrangência do impacto.
Por outro lado, a concessionária que administra o aeroporto reforça que a medida é indispensável para garantir mais segurança. Ou seja, o desconforto inicial tende a ser compensado por uma padronização mais eficiente no futuro.
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Tecnologia como resposta ao desafio
Diante das críticas e da lentidão, a ANAC e o aeroporto anunciaram a instalação de equipamentos modernos para agilizar o processo.
Entre eles estão scanners corporais avançados e sistemas de raio-X com dupla visão, que permitem análises mais rápidas e precisas. Dessa forma, a expectativa é que a inspeção se torne mais eficiente, reduzindo filas e melhorando a experiência dos viajantes.
É importante destacar que a adoção desses recursos coloca Guarulhos em sintonia com grandes aeroportos internacionais, que já contam com esse tipo de tecnologia há anos.
Por que a mudança é necessária
O endurecimento da fiscalização não surgiu por acaso. Trata-se de uma adequação às normas internacionais de segurança e ao cumprimento integral da Resolução nº 515 da ANAC.
Logo, a mudança busca evitar falhas nos procedimentos de inspeção e garantir que o Brasil siga os padrões globais de aviação civil.
Em outras palavras, o passageiro brasileiro agora se depara com regras que já são rotina em aeroportos da Europa e dos Estados Unidos.
Dicas para evitar transtornos
Para não ser pego de surpresa, o passageiro deve se organizar com antecedência. Confira algumas recomendações práticas:
- Utilize apenas frascos de até 100 ml, mesmo que parcialmente cheios.
- Leve todos os líquidos em um único saco plástico transparente vedável.
- Mantenha o saco em local de fácil acesso na bagagem para agilizar a inspeção.
- Chegue ao aeroporto com antecedência maior do que o habitual.
- Consulte sempre as orientações da ANAC e da companhia aérea antes da viagem.
Assim, é possível evitar atrasos e contratempos no momento do embarque.
Conclusão: adaptação necessária para mais segurança
Em resumo, as novas exigências no Aeroporto de Guarulhos representam uma mudança significativa na rotina de embarque.
Ainda que tenham causado filas e reclamações nos primeiros dias, a tendência é que, com o reforço tecnológico, o processo se torne mais ágil e seguro.
Portanto, cabe aos passageiros se adaptarem às regras, adotando novas práticas de organização ao preparar suas malas.
Se, por um lado, o desconforto inicial é evidente, por outro, os benefícios a longo prazo incluem maior segurança e alinhamento do Brasil às normas internacionais de aviação.