Quantas pessoas tem acesso à internet? Site Cultura Alternativa

Quantas pessoas tem acesso à internet?

Quantas pessoas tem acesso à internet?

Conectados pelo mundo: como o acesso à internet molda o presente e o futuro da sociedade

Em tempos de revolução digital, estar conectado vai muito além de navegar: significa participar da economia, do debate público e da cultura global.

Com mais de 5 bilhões de pessoas online, a internet deixou de ser um privilégio para se tornar um direito essencial — ainda que não igualmente distribuído.

No centro dessa transformação, estão as dinâmicas de acesso, os tipos de conexão e as tendências que definem o futuro digital.

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Quantas pessoas tem acesso à internet?

Crescimento da população online: um retrato global

Segundo o relatório Facts and Figures 2024, da União Internacional de Telecomunicações (UIT), estima-se que 5,5 bilhões de pessoas estejam conectadas à internet, o equivalente a 68% da população mundial.

Esse avanço é expressivo quando se observa que, em 2010, esse número era de pouco mais de 2 bilhões.

No entanto, as desigualdades persistem: enquanto países de alta renda alcançam taxas superiores a 90% de acesso, regiões de baixa renda, especialmente na África Subsaariana e partes da Ásia, ainda enfrentam barreiras significativas, com menos de 30% da população conectada.

No Brasil, os dados mais recentes do DataReportal (2025) indicam que 183 milhões de pessoas utilizam a internet, representando uma taxa de penetração de 86,2%.

Embora o índice seja alto, desafios como a exclusão digital em áreas rurais e a qualidade das conexões ainda estão em pauta.

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Internet móvel ou fixa: a disputa pela preferência

A conectividade móvel tem se consolidado como a principal forma de acesso à rede em muitos países.

Globalmente, o tráfego de internet móvel cresce a uma taxa média anual de 19,6%, superando o crescimento da banda larga fixa.

Essa tendência se deve à facilidade de acesso por smartphones e à cobertura mais ampla de redes móveis, especialmente em áreas sem infraestrutura de fibra óptica.

No Brasil, a velocidade média da internet móvel em 2024 foi de 47,09 Mbps, enquanto a banda larga fixa registrou 140,46 Mbps.

Apesar da velocidade superior na internet fixa, a conexão móvel lidera em número de acessos, especialmente entre as classes C e D, graças a pacotes de dados acessíveis e promoções de operadoras.

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Dispositivos mais utilizados para acesso

A predominância dos smartphones como principal meio de acesso à internet é evidente: 94,6% dos usuários globais utilizam esses dispositivos para se conectar, segundo o DataReportal.

O computador de mesa ou notebook, embora ainda importante para o trabalho e estudos, tornou-se secundário para atividades cotidianas como comunicação, redes sociais e compras online.

No Brasil, o cenário é semelhante. A portabilidade, aliada aos preços mais acessíveis de aparelhos e planos pré-pagos, contribui para que a maioria da população mantenha o celular como seu principal ponto de contato com o mundo digital.

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Provedores no Brasil: liderança e expansão

O mercado de provedores de internet no Brasil apresenta um cenário concentrado, dominado por grandes operadoras.

Segundo a Anatel, em junho de 2024, a Claro liderava a banda larga fixa com mais de 10 milhões de assinantes e 20,4% de participação de mercado, seguida por Vivo e Oi.

No segmento móvel, a Vivo ocupa o primeiro lugar, com destaque para sua cobertura nacional e investimentos em redes 5G.

Além das gigantes, provedores regionais têm ganhado espaço, sobretudo em cidades menores e áreas afastadas dos grandes centros.

Essas empresas, muitas vezes de caráter local ou comunitário, oferecem planos competitivos e atendimento personalizado, preenchendo lacunas deixadas pelas grandes operadoras.

Um destaque recente é o avanço da Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX, que vem sendo implementado em regiões remotas e de difícil acesso.

Apesar de seu custo ainda elevado, a proposta de levar conectividade a áreas desassistidas está sendo discutida por órgãos reguladores e pode transformar o cenário nos próximos anos.

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Conectividade como fator de desenvolvimento

A internet tornou-se uma ponte essencial para o desenvolvimento social e econômico.

Estar online hoje significa ter acesso à educação, saúde, serviços públicos e oportunidades de trabalho.

Contudo, essa realidade não é uniforme. A inclusão digital requer políticas públicas robustas, investimento em infraestrutura e educação tecnológica para garantir que o acesso à internet seja, de fato, universal e de qualidade.

À medida que novas tecnologias, como inteligência artificial e internet das coisas, tornam-se cada vez mais integradas ao cotidiano, o debate sobre conectividade deve ser ampliado.

Não se trata apenas de estar online, mas de participar ativamente da sociedade digital, com segurança, privacidade e igualdade de oportunidades.

Texto de Anand Rao e Agnes Adusumilli, para o site Cultura Alternativa