Afazeres domésticos
Em 2022, a população com 14 anos ou mais de idade dedicava, em média, 17 horas semanais aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas, sendo 21,3 horas semanais para as mulheres e 11,7 horas para os homens.
Os dados são do tema Outras Formas de Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2022, que levantou informações sobre cuidado de pessoas, afazeres domésticos, produção para o próprio consumo e trabalho voluntário.
Destaques Em 2019, as mulheres dedicavam 10,6 horas a mais do que os homens aos afazeres domésticos e/ou cuidados de pessoas. Em 2022, essa diferença era de 9,6 horas. Apesar dessa pequena redução, 92,1%% das mulheres com 14 anos ou mais realizaram afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas em 2022, enquanto apenas 80,8% dos homens desse grupo etário estavam envolvidos nessas atividades. Os homens da região Nordeste mostraram a menor taxa de realização: 73,9%. A divisão das tarefas domésticas permanece desigual mesmo entre os trabalhadores: em média, as mulheres ocupadas dedicaram 6,8 horas a mais do que os homens ocupados aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas em 2022. No país, a taxa de realização de afazeres domésticos entre as pessoas com 14 anos ou mais de idade passou de 85,9% em 2019 para 85,4% em 2022, ou o equivalente a 148,1 milhões de pessoas nesse grupo etário realizando aquelas atividades. A realização de afazeres domésticos era maior entre homens com curso superior completo (86,2%) e menor entre os sem instrução ou com ensino fundamental incompleto (74,4%).
Afazeres domésticos
Em 2022, 148,1 milhões de pessoas de 14 anos ou mais realizaram afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente, o equivalente a 85,4% dessa população, um pouco abaixo da taxa estimada em 2019 (85,9%).
Enquanto 91,3% das mulheres realizaram alguma atividade relacionada a afazeres domésticos, essa proporção foi 79,2% entre os homens em 2022.
“A taxa caiu porque embora o contingente dos que realizam afazeres tenha aumentado (2,4%), a população de 14 anos ou mais aumentou ainda mais rápido (2,9%)”, explica Alessandra Brito, analista do IBGE.
Devido à pandemia da COVID-19, o tema Outras Formas de Trabalho não foi investigado em 2020 e 2021, retornando em 2022.
Os resultados incorporam a reponderação da PNAD Contínua ocorrida em 2021, que considerou as projeções populacionais por sexo e grupos etários baseadas no Censo Demográfico 2010.
Entre 2019 e 2022, o que mais contribuiu para a variação negativa da taxa de realização de afazeres domésticos no País foi a diminuição de 1,1 ponto percentual (p.p.) na taxa observada entre as mulheres.
“Mas não dá para afirmar que a divisão de tarefas ficou mais equilibrada porque, entre os homens, a taxa ficou estável, passando de 79,0% para 79,2% no período”, diz a analista da pesquisa.
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Afazeres domésticos
Homens do Nordeste têm a menor participação nos afazeres domésticos
O Nordeste tinha as menores taxas de realização de afazeres domésticos, para o total (81,1%), para os homens (71,6%) e para as mulheres (89,7%).
A região também mostrou a maior diferença entre as taxas de realização de afazeres domésticos por sexo (18,1 p.p. a mais para as mulheres) e o Sul, a menor (9,3 p.p. a mais para elas).
Mulheres pretas são as que mais realizam afazeres domésticos
As taxas de realização de afazeres domésticos pelas mulheres brancas (90,5%), pretas (92,7%) ou pardas (91,9%) são sempre mais altas que a dos homens dos mesmos grupos de cor ou raça (80,0%, 80,6% e 78,0%, respectivamente).
Jovens de 14 a 24 anos realizam menos afazeres domésticos, com uma taxa de 77,6%; percentual que chega a 89,3%, entre os adultos de 25 a 49 anos. A menor taxa de realização ocorreu entre os homens de 14 a 24 anos (69,3%), e a maior, entre as mulheres de 25 a 49 anos (95,1%).
O grupo de mulheres de 50 anos ou mais apresentou a maior redução da taxa de realização entre 2019 e 2022 (-1,7 p.p.).
“Homens e mulheres dessa faixa tiveram redução importante na taxa, porque o contingente que realiza afazeres (6,7%) cresceu mais lentamente do que a população nessa faixa etária (8,5%)”, completa Alessandra Brito.
As menores taxas de realização de afazeres domésticos eram do grupo dos filhos(as) ou enteados(as): 74,4%, sendo 67,0% para homens e 83,8% para as mulheres.
REDAÇÃO SITE CULTURA ALTERNATIVA
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