Bolo Rei – Tradição para o Dia de Reis
Doce indispensável à mesa de qualquer na época de Natal e Dia dos Reis
O Bolo Rei tem uma história longa de vinte séculos de acordo com as lendas que chegaram até os nossos dias.
A mais antiga das histórias remonta ao ano de 745 antes da fundação de Roma, quando reinava na Palestina o Rei Herodes I, o Grande. Conta a lenda que nessa época começaram a rumar a Jerusalém sábios em astronomia, sacerdotes e alguns magos, integrados numa caravana de camelos.
Esta caravana tinha o propósito de prestar homenagem ao Messias, o Salvador do Mundo, cujo nascimento havia sido anunciado para a cidade de Belém de Judá.
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Bolo Rei – Dia de Reis
Quando se encontravam a poucos quilômetros do seu destino, resolveram descansar e tentaram escolher qual deles seria o primeiro a oferecer os seus presentes ao Menino que tinha acabado de nascer.
Como não conseguiram chegar a acordo, foi decidido confeccionar um bolo com uma fava no seu interior que seria repartido por todos em partes iguais, aquele a quem tocasse a fava, teria o privilégio de ofertar primeiro os seus presentes, que constavam de incenso, ouro e mirra.
Este episódio passou de boca em boca e generalizou-se o costume de fazer um bolo com uma fava no interior sempre que era necessário resolver qualquer tipo de disputa.
Bolo Rei
Entretanto, uma outra lenda atribui o Bolo Rei a um nascimento pagão na cidade de Roma, durante as festas dedicadas a Saturno. De acordo com a lenda, era costume naquelas festas designar o rei a título simbólico, quem coubesse uma fatia de bolo com uma fava.
Pagão por nascimento, este costume foi adotado pelos cristãos para uma festa litúrgica de Epifania, recordando os três Reis Magos. Para tal era confeccionado um bolo coberto de frutos cristalizados e com uma fava dentro.
Mais recentemente, os franceses adotaram o costume de cortar o Bolo Rei em tantas fatias quanto o número de convivas e mais uma chamada a parte de Deus, que se destinava a matar a fome de um mendigo da localidade.
Em seguida, uma criança distribuía as fatias pelos presentes e o contemplado com a fava era designado Rei ou Rainha.
Se fosse homem, escolhia uma Rainha e oferecia-lhe um presente. Se se tratasse de uma mulher, escolheria também um Rei, mas não era obrigada a dar-lhe qualquer presente.
Em Portugal, essa tradição se modificou. Agora, a pessoa a quem tocar a fava tem que fornece no ano seguinte um Bolo Rei para todos os convivas.