Companhia na Hora da Partida
Introdução
A vida, em sua fluidez contínua e perpétua mudança, possui um elemento fixo e inegável: a inevitabilidade da partida.
No contexto da teologia, a partida não é apenas uma fase do ciclo da vida, mas também um momento de transição espiritual.
Ter alguém por perto durante esse momento não é apenas um conforto, mas uma necessidade humana e espiritual.
Acompanhamento na Dor e na Incerteza
A presença de um ente querido na hora da partida fornece um suporte emocional indispensável.
O medo, a incerteza, o desconforto que acompanham esse momento podem ser amenizados por meio do amor, da compreensão e da aceitação que advém dessa companhia.
Compartilhar o fardo da dor e da angústia torna o processo de partida menos difícil e mais tranquilo.
Comunhão e Acolhimento
Além do apoio emocional, a presença de outro ser humano na hora da partida também representa uma importante comunhão espiritual.
Acolher a partida de um ente querido é uma maneira de demonstrar amor incondicional, compaixão e misericórdia.
Essa comunhão transcende a dor e o sofrimento, fortalecendo a fé e trazendo esperança na presença de uma realidade maior e mais amorosa.
A Importância do Diálogo
A partida também é um momento para se expressar, para partilhar pensamentos e sentimentos, para fazer as pazes com a vida e consigo mesmo.
É nesse momento que palavras de amor, conforto e perdão podem ter um significado mais profundo, marcando o fim de um capítulo e o início de um outro, em uma realidade além do nosso entendimento.
Por que a partida dói?
A partida dói porque estamos acostumados com o nosso meio, com as pessoas, coisas e sensações daquele lugar, estamos acostumados até mesmo com os defeitos das pessoas e as lembranças tristes que podem trazer.
A presença de um ente querido na hora da partida é muito mais do que um simples ato de companhia.
Ela é uma fonte de apoio emocional, um símbolo de comunhão e uma oportunidade para expressar e receber amor.
Mesmo que a partida seja uma etapa inevitável da vida, ela não precisa ser enfrentada sozinha.
Essa conexão e cuidado revelam a face mais profunda do amor divino, aquele que permanece conosco mesmo além da partida.
Estamos preparados para viver intensamente, amar intensamente, chorar intensamente, mas não estamos preparados para o desapego, não estamos preparados para determinados tipos de dor.
Agnes Adusumilli – Cultura Alternativa
Após ouvir o Mario Sergio Cortella que é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro no seu programa diário, escrevemos o texto. Aproveite e ouça também.