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Dengue no Brasil: Como se Proteger do Avanço da Doença

Dengue no Brasil

🦟 Dengue em Níveis Alarmantes

Enquanto os números avançam sem freios, o Brasil mergulha em um dos surtos mais graves de dengue de sua história.

Até dezembro de 2024, mais de 6,6 milhões de casos prováveis foram registrados, com aproximadamente 6 mil mortes confirmadas — superando o total de óbitos dos oito anos anteriores.

O cenário, longe de ser um episódio isolado, reflete falhas estruturais antigas, agravadas por fatores contemporâneos como mudanças climáticas e urbanização sem planejamento.

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🌡️ Um País Ideal para o Mosquito: Como Chegamos Aqui?

O Aedes aegypti, vetor da dengue, encontrou no Brasil um ambiente perfeito: calor intenso, chuvas desordenadas, lixo acumulado e falta de saneamento básico.

Não se trata apenas de clima — trata-se de política urbana, negligência ambiental e desigualdade social.

Além disso, as mudanças climáticas têm expandido a área de atuação do mosquito, com verões mais longos e úmidos.

Segundo o Ministério da Saúde, o aumento da temperatura e das chuvas intensas já favorece a circulação simultânea dos quatro sorotipos do vírus da dengue.

Esse cenário aumenta não só os casos, mas também a gravidade da doença.

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💉 Vacinação: Avanço Limitado em Meio à Crise

Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no país está bem abaixo do esperado.

De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, 6.370.966 doses foram distribuídas.

Entretanto, apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo-alvo definido pela pasta .​

A vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, é aplicada em duas doses com intervalo de três meses entre elas.

Apesar da aquisição de todo o estoque global da vacina pelo governo brasileiro, a quantidade disponível cobre apenas cerca de 1,5% da população brasileira .​

A baixa adesão à vacinação e a quantidade limitada de doses disponíveis são desafios significativos.

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🧭 Conclusão: A Lição que Precisamos Aprender

O surto de 2024 não é apenas um alerta. É um espelho de nossas fragilidades enquanto sociedade.

A dengue não escolhe CEP, mas seus efeitos são mais devastadores nas periferias esquecidas, onde faltam água tratada e coleta regular de resíduos.

Cabe a todos nós, cidadãos e governantes, exigirmos mudanças concretas. O Aedes voa livre, mas a resposta não pode ser levada pelo vento.

Dengue não é sazonal. É estrutural. E só será vencida com ação permanente, vontade política e consciência coletiva.

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Fontes Consultadas:

🔹 Ministério da Saúde – gov.br/saude
🔹 Organização Mundial da Saúde – who.int
🔹 Fiocruz – portal.fiocruz.br


Anand Rao e Agnes Adusumilli

Brasilia, Cultura Alternativa, SAUDE, sociedade

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