Alfabetização das crianças
MEC: 56,4% dos alunos do 2º ano não estão alfabetizados
Número é da pesquisa Alfabetiza Brasil, divulgada nesta quarta-feira
Os resultados da pesquisa Alfabetiza Brasil, apresentados nesta quarta-feira (31), em Brasília, mostram que, em 2021, 56,4% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental não estavam alfabetizados. Os dados são do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
No Saeb de 2019, antes da pandemia de covid-19, o percentual de não alfabetizados era menor: 39,7%. Os alfabetizados somavam 60,3%.
Como foi a pesquisa
A pesquisa Alfabetiza Brasil foi realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
O levantamento ouviu 251 professores alfabetizadores de 206 municípios do país. Entre 15 e 23 de abril, a pesquisa foi desenvolvida em cinco capitais: Belém, Recife, Brasília, São Paulo e Porto Alegre.
Na aplicação, os docentes opinaram com base na experiência em sala de aula.
Os alfabetizadores forneceram informações sobre quais devem ser as tarefas e competências que um estudante no fim do 2º ano do ensino fundamental deve dominar para seja considerado alfabetizado.
A partir dos resultados do levantamento, o Inep estabeleceu, pela primeira vez, a nota de corte de 743 pontos na escala adotada no Saeb para definir se o aluno está alfabetizado.
A nota servirá de parâmetro nacional para indicar se o estudante do final do 2º ano do ensino fundamental domina um conjunto de habilidades básicas de leitura de pequenos textos e escrita de textos simples, como convites ou lembretes.
Alfabetização das crianças
“Os pais podem observar o ritmo e o aprendizado e desenvolvimento do filho em diversas oportunidades, seja em uma brincadeira com outras crianças, sejam em atividades cotidianas ou em sua rotina de estudo, além de procurar trocar experiências com outros familiares, na comunidade e se informar, sempre que achar necessário, junto a profissionais da educação e da saúde.
Em relação a respeitar o ritmo de aprendizado e desenvolvimento, é importante dar segurança para que as crianças explorem seus limites de conhecimento em ambientes que não julguem seus erros e desafiem novos saberes”.
Papel da família
As famílias precisam estar empenhadas, dedicadas e alinhadas com a escola. “É importante a conscientização dos responsáveis, que são os grandes motivadores.
O auxílio com os deveres da criança e a estimulação à leitura adequada, por exemplo, farão deste processo de alfabetização, algo prazeroso, mágico e memorável para nossas crianças”.
Os pais devem criar um ambiente tranquilo e acolhedor para seus filhos além de procurar estimulá-los a diferentes conhecimentos e habilidades.
“Na infância, ocorre um processo acelerado e intenso de sinapses cerebrais, que são como se fossem redes que consolidam e conectam o conhecimento.
Quanto mais a criança tem experiências diversificadas em um ambiente emocionalmente positivo com brincadeiras, leitura, esporte, entre outros, mas ela desenvolve funções cerebrais complexas, que levam a um melhor desempenho em suas habilidades.
Desde às escolares/intelectuais até às emocionais interpessoais e intrapessoais”, atenta a neuropediatra.
Dicas para ajudar na alfabetização das crianças
Abaixo dicas de atividades e brincadeiras que ajudam na alfabetização das crianças:
Peça ajuda na Lista de Compras – No que diz respeito à alfabetização dentro de um formato remoto, os pais podem convidar os filhos a escreverem lista de compras, lugares a serem explorados, roupas, entre outros.
Listas estimulam as crianças a organizarem seu pensamento e fazem parte do “escrever com sentido”.
Bilhetes pela Casa – A escrita de bilhetes e convites também é uma excelente ferramenta, pois os textos são curtos, de fácil compreensão e cumprem um papel social.
Por meio deles, pais e filhos podem estreitar laços de confiança e segurança, tão importantes neste momento. Além disso, essa brincadeira também pode ajudar com que as crianças elaborem os sentimentos e os comuniquem.
Cultivar a Leitura – De acordo com a profissional, a parceria dos pais é importante também com a leitura de diferentes gêneros textuais, como: crônicas, poesias, gibis, contos.
Desta forma, estimulam e demonstram a importância desta habilidade – não apenas por uma questão educacional, mas também porque pode ser um hábito divertido e prazeroso.
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