TDAH – Expectativa de vida e anos de vida perdidos para adultos com TDAH diagnosticado no Reino Unido
Um estudo recente da University College London, publicado no The British Journal of Psychiatry, revelou que adultos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem ter uma expectativa de vida reduzida.
De acordo com os pesquisadores, homens com o transtorno vivem, em média, de 4,5 a 9 anos menos, enquanto mulheres podem apresentar uma diminuição de 6,5 a 11 anos em comparação com indivíduos sem o diagnóstico.
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Estudo relaciona TDAH à redução na expectativa de vida
Expectativa de vida e anos de vida perdidos para adultos com TDAH diagnosticado no Reino Unido
TDAH
Fatores Contribuintes para a Redução da Longevidade
A pesquisa sugere que essa diminuição na expectativa de vida não se deve exclusivamente ao TDAH, mas sim a uma série de fatores comportamentais e sociais associados ao transtorno. Entre os principais riscos identificados estão:
- Maior propensão a comportamentos impulsivos e de risco, incluindo acidentes e exposição a substâncias nocivas;
- Tendência ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool;
- Problemas crônicos de sono, que afetam o metabolismo e a saúde mental;
- Dificuldades no controle emocional, levando a transtornos como ansiedade e depressão;
- Menor acesso a acompanhamento médico contínuo, dificultando o gerenciamento adequado do transtorno.
Esses fatores evidenciam que, sem o tratamento adequado, o TDAH pode impactar significativamente diversos aspectos da vida, contribuindo para um aumento da vulnerabilidade a doenças e riscos externos.
Importância do Diagnóstico e Tratamento
A subnotificação do TDAH continua sendo um grande desafio. No Reino Unido, por exemplo, apenas um terço dos adultos diagnosticados recebe acompanhamento médico e suporte psicológico.
A ausência de um tratamento adequado pode resultar em dificuldades no trabalho, desafios financeiros e isolamento social, aumentando os riscos de complicações ao longo da vida.
Portanto, garantir um diagnóstico precoce e um acompanhamento contínuo é essencial para reduzir os impactos negativos do transtorno e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Abordagens Terapêuticas e Benefícios
O tratamento do TDAH envolve diferentes abordagens, que podem ser combinadas conforme a necessidade de cada paciente. Entre as principais estratégias adotadas estão:
- Medicação: O uso de estimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, auxilia na regulação da atenção e no controle da impulsividade.
- Terapias Comportamentais: Sessões com psicólogos especializados ajudam a desenvolver estratégias para organização, controle emocional e melhoria da autoestima.
- Mudanças no Estilo de Vida: Exercícios físicos regulares, alimentação balanceada e técnicas de gerenciamento do tempo são fundamentais para reduzir sintomas e melhorar o bem-estar.
- Suporte Psicoeducacional: Programas de orientação para familiares e educadores podem oferecer um ambiente mais acolhedor e estruturado para quem convive com o transtorno.
Pesquisas indicam que um tratamento eficaz pode adicionar de 9 a 13 anos à expectativa de vida de pessoas diagnosticadas com TDAH, reforçando a importância do acompanhamento médico contínuo e da adoção de hábitos saudáveis.
Conclusão
Os achados desse estudo ressaltam a necessidade de um olhar mais atento para o TDAH, considerando não apenas seus sintomas, mas também os impactos a longo prazo na saúde e na longevidade.
Com um diagnóstico precoce e um suporte adequado, é possível reduzir significativamente os riscos associados ao transtorno, proporcionando uma vida mais equilibrada e saudável para os pacientes.
Além disso, políticas públicas e iniciativas educacionais são fundamentais para aumentar a conscientização sobre o TDAH e garantir que mais pessoas tenham acesso ao tratamento necessário.
Fontes de Pesquisa 🔎 Globo
REDAÇÃO SITE CULTURA ALTERNATIVA