Literatura de cordel, com roteiros pelo Brasil
Destinos e atrativos reúnem referências do estilo literário que nasceu no Nordeste e foi reconhecido patrimônio cultural imaterial do Brasil
A literatura de cordel, estilo literário que surgiu do romanceiro português, com os colonizadores, se enraizou no Nordeste ao retratar o universo sertanejo e ganhou o Brasil.
Alguns roteiros que são uma verdadeira celebração desse estilo reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
Literatura de cordel
Literatura de cordel – Pernambuco
Quem visita o Sertão do Pajeú, em Pernambuco, encontra um roteiro integrado formado por 17 municípios turísticos que exploram a literatura de cordel.
Entre os principais atrativos estão a Rota dos Poetas e Cantadores, que fica em Afogados da Ingazeira, celeiro de cantadores de viola e do estilo literário; e a Rota do Cangaço, em Serra Talhada, um dos temas mais representativos da cultura popular nordestina.
A poucos metros do Marco Zero do Recife, no Centro Histórico da capital pernambucana, fica o museu Cais do Sertão, que também apresenta referências da musicalidade, cultura popular e linguagem artística do cordel.
O espaço faz parte do projeto Porto Novo Recife, que está transformando os antigos armazéns portuários em um grande polo de turismo, serviços, entretenimento e lazer da cidade.
Com tecnologia inovadora, automação e recursos de interatividade, mostra que o cordel também se modernizou e se reinventou com a computação gráfica, estampas coloridas e publicações online. Personalidades como Luiz Gonzaga também estão em destaque no novo atrativo do litoral pernambucano.
Outra forma de revisitar essa arte tipicamente nordestina é na feira de Caruaru (PE), um dos maiores centros de cultura popular da região. Em uma das tendas, o Museu do Cordel expõe títulos originais, entre outras preciosidades, como tipografias e xilogravuras.
O ambiente é enriquecido pela declamação de poetas populares, repentistas e cantadores de viola.
Além disso, no trajeto até Caruaru o turista pode fazer uma pausa em Bezerros, cidade com grande concentração de xilógrafos, artesãos responsáveis pela produção das figuras talhadas em madeira que ilustram os temas dos folhetos de cordel.
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Literatura de cordel
Literatura de cordel – Sergipe
Um passeio pelos mercados públicos de Aracaju (SE) também leva o turista a conhecer esse universo.
O estilo literário rompeu barreiras, entrou nas universidades, mas não perdeu a tradição da exposição em barbantes – daí o nome cordel – nas feiras livres, mercados e praças da capital sergipana.
A antiga capital de Sergipe, São Cristóvão, patrimônio cultural da humanidade reconhecida pela Unesco, é outro celeiro de produção da arte de cordel.
Literatura de cordel – Rio Grande do Norte
Já em Mossoró (RN) a Estação das Artes Elizeu Ventania, dedicada ao poeta e violeiro potiguar, é o “coração” de um corredor cultural de atrativos temáticos tipicamente nordestinos.
Entre eles, destacam-se o Memorial da Resistência ao bando de Lampião e a igreja que ainda guarda as marcas do dia em que “choveu bala” na cidade, em 13 de junho de 1927.
A bravura dos mossoroenses é um dos temas recorrentes dos cordelistas, com destaque para os personagens de Lampião e Maria Bonita, Padre Cícero e Frei Damião.