Aumento no Preço da Comida por Quilo em São Paulo
Comer na metrópole de São Paulo tornou-se uma atividade significativamente mais onerosa para o bolso do consumidor.
Desde o início da pandemia, os preços nos self-services da cidade têm visto um acréscimo contínuo.
O Procon-SP, órgão de defesa do consumidor, indica que em junho deste ano, a média do self-service por quilo atingiu R$ 79,47. Em comparação com janeiro de 2020, o preço aumentou em 38,1%.
A inflação também se faz presente. Se analisarmos o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no mesmo intervalo, houve um acumulado de 26,36%.
Adicionalmente, em comparação ao valor médio registrado em junho de 2022 (R$ 71,91), houve uma elevação de 10,5% no preço da refeição self-service por quilo.
Preço da Comida por Quilo
Motivos Atrás do Encarecimento
Marcus Vinícius Pujol, responsável por estudos e pesquisas do Procon-SP, sugere que uma das prováveis causas para esta alta esteja na crescente demanda.
Com o término das restrições relacionadas à pandemia, há uma notória retomada na circulação de pessoas nas ruas, principalmente em empresas que estão readaptando o modelo de trabalho presencial. Tal movimentação é somada ao crescimento de custos com insumos, impactando diretamente nos preços.
Outros fatores de peso incluem o encarecimento do gás, produtos alimentícios e, até mesmo, da energia elétrica. Todos estes elementos desempenham um papel fundamental na composição do preço final para o consumidor.
Entretanto, Pujol se mostra otimista ao destacar que o ritmo deste crescimento tem desacelerado, apontando para uma possível estabilização em breve.
Variações no Preço Médio da Refeição
De acordo com os dados levantados, a análise dos estabelecimentos que operam no modelo de buffet self-service com preço fixo, revela um preço médio de R$ 50,78.
Em contrapartida, para os restaurantes que oferecem opções de prato feito, o valor médio identificado é de R$ 30,69. Já os locais que adotam o sistema buffet self-service por quilo apresentam um valor médio de R$ 75,54.
Para a construção deste panorama, o Procon-SP realizou consultas telefônicas, abrangendo 350 estabelecimentos distribuídos pelas cinco regiões da capital – Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro.
Estes números são reflexo da realidade atual da cidade e representam um importante indicador para o entendimento da economia local.
Agnes Adusumilli