Crônica Vivos

Crônica- Vivos, emocionados, dançando, livres

Crônica- Vivos, emocionados, dançando, livres

Brasília foi palco de um encontro memorável. O grupo musical Liga Tripa, conhecido por suas melodias contagiantes e letras nostálgicas, um grupo de rua, tocou segundo imagens do Instagram no meio de todos e transformou a rua num verdadeiro salão e refúgio de emoções. Não era apenas um show; era uma celebração da vida.

Entre os espectadores, grupos de amigos da “melhor idade” se destacavam. Eles chegaram aos poucos, alguns com passos lentos, outros com a vitalidade de quem sempre amou a dança. O reencontro foi marcado por abraços calorosos e olhares cheios de história. Ali, naquele momento, o tempo parecia ter parado.

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À medida que as primeiras notas ecoavam pelo ambiente, as memórias começaram a fluir. Cada música parecia um portal para o passado, trazendo à tona lembranças de juventude, festas, amores e desafios. Era impossível não se emocionar. Alguns dos presentes enfrentaram doenças que quase lhes roubaram a alegria de viver; outros passaram por dolorosas separações. Mas todos estavam ali, unidos pela música e pelo carinho mútuo.

Os olhos brilhavam ao som dos acordes e, entre lágrimas de alegria, os pés começaram a se mover. A dança contagiou a todos e o que se via era um espetáculo de vitalidade e resiliência. As dores do passado foram deixadas de lado, substituídas por sorrisos e movimentos ritmados. Eles estavam vivos, emocionados, dançando, livres.

O show do Liga Tripa não foi apenas uma apresentação musical, foi um lembrete de que a vida, com todas as suas curvas e tropeços, é sempre motivo para comemorar. Aqueles amigos, que já passaram por tantas fases, mostraram que a verdadeira juventude está no espírito. E eles provaram que a amizade e a música têm o poder de transformar qualquer momento em algo especial.

A noite terminou com um longo aplauso, não apenas para a banda, mas também para todos os que compartilharam daquele instante inesquecível. De mãos dadas, se despediram com a promessa de novos encontros, levando consigo a certeza de que, enquanto houver música, haverá sempre um motivo para celebrar a vida.

Anand Rao

Editor Chefe 

Cultura Alternativa 

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