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Exercitar-se no voo: estudos recentes indicam benefícios

Exercitar-se no voo: estudos recentes indicam benefícios

Exercitar-se no voo deixou de ser apenas uma recomendação e passou a ser um tema respaldado por pesquisas científicas. As longas horas em posição sentada podem prejudicar a circulação, causar inchaços e até aumentar o risco de trombose venosa profunda. Diante disso, especialistas em saúde e aviação vêm alertando para a necessidade de manter o corpo ativo mesmo durante viagens aéreas prolongadas.


Por que os exercícios durante o voo são importantes

Primeiramente, permanecer imóvel por longos períodos impacta diretamente a circulação sanguínea. Estudos da American Heart Association mostram que passageiros em voos acima de seis horas têm maior probabilidade de apresentar alterações no fluxo venoso. Movimentos simples, como flexionar os pés, girar os tornozelos e levantar-se para caminhar no corredor, ajudam a reduzir essa pressão sobre as pernas.

Além disso, manter a musculatura ativa contribui para o equilíbrio postural e reduz dores lombares. Pesquisas conduzidas pela European Journal of Preventive Cardiology destacam que pequenas pausas a cada hora reduzem a fadiga em até 30%. Essa prática também previne desconfortos comuns, como dormência e formigamento nos pés, comuns após longas jornadas sentado.

Outro ponto relevante é que os exercícios favorecem a oxigenação corporal. Ao estimular a circulação, o corpo envia mais oxigênio aos músculos, reduzindo a sensação de cansaço extremo. Portanto, esse hábito deve ser visto como uma medida preventiva e não apenas como uma opção de conforto.


Medidas complementares para garantir o bem-estar

Consequentemente, adotar cuidados adicionais é essencial para potencializar os benefícios dos exercícios. Portanto, a hidratação, por exemplo, desempenha papel fundamental durante os voos. A baixa umidade da cabine pode provocar ressecamento e aumento da viscosidade sanguínea, o que dificulta a circulação. Beber água com frequência e evitar álcool e cafeína reduz significativamente esse risco.

Do mesmo modo, usar roupas confortáveis e sapatos leves contribui para um voo mais saudável. Tecidos apertados e calçados inadequados dificultam os movimentos e podem agravar o inchaço nas extremidades. Especialistas recomendam ainda que passageiros ajustem o encosto da poltrona sempre que possível para facilitar alongamentos rápidos.

Afinal, outra estratégia interessante é a utilização de meias de compressão. Elas auxiliam no retorno venoso e diminuem o risco de trombose. Esse recurso é especialmente indicado para pessoas com histórico de problemas circulatórios, gestantes e idosos.


Como as companhias aéreas incentivam a prática

Por fim, algumas empresas aéreas vêm implementando iniciativas voltadas ao bem-estar do passageiro. Diversas companhias já oferecem vídeos instrutivos com exercícios simples que podem ser realizados no próprio assento. Essa medida visa conscientizar os viajantes sobre a importância de manter-se ativo durante todo o percurso.

Adicionalmente, companhias que operam voos de longa duração vêm incluindo seções específicas sobre saúde nos materiais informativos. A International Air Transport Association aponta que tais orientações reduzem queixas relacionadas a dores musculares em até 40%. Essa tendência evidencia um compromisso crescente com a saúde dos passageiros.

Com base nesses dados, percebe-se que exercitar-se no voo é mais do que uma recomendação: trata-se de uma necessidade para garantir segurança e qualidade de vida. O hábito simples de movimentar-se durante a viagem pode fazer toda a diferença na chegada ao destino.


Anand Rao
Editor Chefe
Cultura Alternativa