Jovens brasileiros preferiram a Netflix ao Spotify e Deezer, na pandemia.
Estudo realizado pelo NECTS (Núcleo de Economia Criativa e Tecnologias Socioambientais) revela que consumo de conteúdos audiovisuais superou o de áudio no período de confinamento
SOBRE O ASSUNTO
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Como foi o seu confinamento?
Pesquisa revela aspectos do comportamento cultural e tecnológico de jovens durante o período de pandemia. A pesquisa, iniciada em setembro de 2020 e encerrada em junho de 2021, foi realizada remotamente e colheu informações de jovens entre 18 e 24 anos – 86% deles do estado de São Paulo.
Os resultados apontam que a maioria dos entrevistados (57%) passa de uma a quatro horas por dia em atividades de lazer. A atividade mais comum é “maratonar” séries e filmes (62,2%). Entre os gêneros cinematográficos, o mais procurado é comédia, preferido por cerca de 65% dos respondentes, e em seguida ação, citado por 54,5% deles.
A pesquisa também mostra que, com 34% de preferência, o documentário esteve presente nas telas dos jovens em isolamento. Com um cardápio extenso desse gênero, a Netflix, presente na rotina de 34% dos entrevistados, sai na frente de plataformas de streaming de música como Spotify e Deezer, com 12,2%.
“Durante o período de confinamento de quase dois anos, houve uma mudança de hábitos dos participantes da pesquisa.
Na pandemia, cerca de 91% dos respondentes relataram um aumento no tempo de uso de seus aparelhos eletrônicos, consumindo: filmes e séries, vídeos em geral, posts e stories, músicas, podcasts, lives e webinars”, diz Rodolpho Weishaupt, professor coordenador do NECTS.
De acordo com o estudo, além do consumo de audiovisual, durante o período mais crítico de isolamento, os jovens dedicaram um tempo relevante a atividades do mundo analógico, como a prática de esportes, a leitura, a meditação, a música e a fotografia.