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O uso de cigarro eletrônico na Europa

Cigarro eletrônico na Europa

O cigarro eletrônico surgiu no mercado internacional em 2003, criado por um farmacêutico chinês na tentativa de encontrar uma alternativa menos prejudicial ao cigarro tradicional.

Chegou à Europa por volta de 2006 e desde então tem ganhado cada vez mais adeptos, principalmente entre os jovens. Segundo um estudo do Eurobarometer de 2014, 12% dos europeus já haviam experimentado os cigarros eletrônicos.

Ainda na última década, muitos países europeus começaram a regular a venda e o uso de cigarros eletrônicos, preocupados com as consequências para a saúde pública.

Essas regulamentações variam entre países, mas incluem limitações na publicidade e venda para menores, bem como exigências de qualidade e segurança dos produtos.

SOBRE O ASSUNTO

Algum benefício?

É importante ressaltar que a palavra “benefício” é usada com relutância quando se trata de cigarros eletrônicos. Entretanto, um relatório do Royal College of Physicians, no Reino Unido, em 2016, sugeriu que o uso de cigarros eletrônicos é cerca de 95% menos prejudicial que o fumo do tabaco. Os dispositivos podem funcionar como uma ferramenta de redução de danos para fumantes que estão tentando parar.

Entretanto, esta opinião não é universalmente aceita. A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma visão mais cautelosa, destacando que, embora os cigarros eletrônicos sejam provavelmente menos tóxicos que os cigarros tradicionais, ainda não há dados suficientes para determinar o impacto a longo prazo do seu uso na saúde.

Malefícios

Embora os cigarros eletrônicos contenham menos substâncias tóxicas que os cigarros tradicionais, isso não significa que sejam inofensivos.

Estudos, como os publicados pela American Heart Association em 2020, mostram que o uso de cigarros eletrônicos está associado a um aumento do risco de doenças cardiovasculares, assim como o tabagismo tradicional.

Além disso, de acordo com a OMS, os cigarros eletrônicos podem causar dependência de nicotina e levar ao consumo de tabaco, especialmente entre os jovens. Isso é particularmente preocupante, pois o uso de cigarros eletrônicos tem aumentado significativamente entre essa população.

Como vencer o vício

Para aqueles que desejam deixar o vício, existem vários métodos disponíveis. A terapia de reposição de nicotina, que inclui adesivos, gomas de mascar e sprays nasais, tem se mostrado eficaz. Medicamentos como a bupropiona e a vareniclina, prescritos por um médico, podem ajudar.

Também é essencial o apoio psicológico para enfrentar a dependência. A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a mudar os padrões de pensamento que levam ao desejo de fumar. Grupos de apoio e linhas de ajuda também podem ser recursos valiosos para aqueles que estão tentando parar.

Intoxica quem está próximo?

O vapor exalado pelos usuários de cigarros eletrônicos contém nicotina e outras substâncias potencialmente nocivas. Segundo a OMS, embora a concentração dessas substâncias seja geralmente menor do que nos cigarros tradicionais, a exposição passiva ainda pode ser prejudicial.

É importante notar que mais pesquisas são necessárias para entender completamente os efeitos do vapor dos cigarros eletrônicos na saúde das pessoas expostas. No entanto, muitos especialistas em saúde pública concordam que é preferível evitar a exposição sempre que possível.

Percentual

O percentual de europeus que usam cigarros eletrônicos varia de país para país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, cerca de 3,2% dos adultos na Europa usavam cigarros eletrônicos.

Esse número é mais alto na Grécia, onde 6,1% dos adultos usavam cigarros eletrônicos, e mais baixo na Letônia, onde apenas 0,4% dos adultos usavam cigarros eletrônicos.

A OMS também estima que o número de usuários de cigarros eletrônicos na Europa aumentará nos próximos anos. Isso ocorre porque os cigarros eletrônicos estão se tornando cada vez mais populares entre os jovens e os adultos que estão tentando parar de fumar.

No entanto, é importante notar que os cigarros eletrônicos não são totalmente seguros. Eles podem conter nicotina, que é uma substância viciante, e também podem liberar outras substâncias tóxicas que podem prejudicar a saúde. Por isso, é importante usar os cigarros eletrônicos com moderação e somente se você já é fumante.

Conclusão

Embora os cigarros eletrônicos possam ser vistos como uma alternativa menos prejudicial ao tabagismo tradicional, ainda existem muitas incertezas em torno de seus efeitos a longo prazo.

A OMS e outros órgãos de saúde recomendam cautela no uso desses dispositivos, particularmente entre os jovens.

A regulação mais rigorosa do marketing e da venda de cigarros eletrônicos, juntamente com a educação pública sobre os riscos associados, são passos importantes para garantir que o uso desses dispositivos não se torne um problema de saúde pública de grande escala.

Continuará a ser importante acompanhar as pesquisas e as tendências do uso de cigarros eletrônicos para informar essas estratégias.

Anand Rao

Editor Chefe

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