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Brasil fora do Mapa da Fome em 2025

Segurança alimentar

Brasil fora do Mapa da Fome em 2025: segurança alimentar volta ao centro das políticas públicas

O Brasil alcançou uma conquista que carrega muito mais que números: em 2025, o país foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da FAO, segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Após o retorno à lista em 2021, impulsionado por crises econômicas, sociais e sanitárias, esse novo cenário representa um importante avanço na reconstrução da segurança alimentar da população.

No entanto, embora o dado seja animador, ele exige cautela. Sair do mapa é um passo significativo, mas permanecer fora dele requer esforço contínuo e compromisso com a dignidade humana.

FOME OCULTA

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O que é o Mapa da Fome?

A inclusão de um país no Mapa da Fome da FAO ocorre quando mais de 2,5% de sua população vive em insegurança alimentar grave.

Isso significa que essas pessoas não têm acesso regular a alimentos em quantidade suficiente para garantir uma vida saudável.

Entre 2014 e 2018, o Brasil esteve fora da lista, resultado de políticas públicas consistentes. Contudo, em 2021, o país voltou a figurar entre as nações em que a fome extrema voltou a crescer, especialmente entre os mais pobres.

Agora, com a retirada do Brasil da lista em 2025, recupera-se não apenas um índice, mas um símbolo de justiça social.

Desigualdade persiste: ainda há fome no Brasil

Ainda que o país esteja fora do Mapa da Fome da FAO, o relatório da ONU alerta para outro cenário preocupante: a insegurança alimentar moderada.

Essa categoria engloba milhões de brasileiros que, embora se alimentem, vivem sob constante risco de privação. Falta variedade, falta regularidade e, muitas vezes, falta nutrição.

Ou seja, o combate à fome não se resume a colocar comida no prato, mas também em garantir acesso regular, saudável e culturalmente adequado.

Cultura, alimentação e solidariedade: um elo essencial

A alimentação no Brasil vai além da necessidade fisiológica. Ela carrega cultura, memória e identidade. A feijoada, o baião de dois, o pirão, a tapioca — cada prato conta uma história de resistência. Por isso, fortalecer a segurança alimentar também significa preservar a diversidade cultural dos nossos alimentos.

Além disso, muitas comunidades continuam sendo sustentadas por redes de solidariedade, movimentos populares, coletivos e igrejas.

Essas iniciativas sociais, invisíveis aos olhos das estatísticas oficiais, foram fundamentais para enfrentar os piores momentos da pandemia e continuam ativas no combate à fome real e cotidiana.

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Em síntese: uma conquista que precisa ser defendida

A saída do Brasil do Mapa da Fome é uma boa notícia que merece ser celebrada. No entanto, não deve ser tratada como ponto de chegada. Pelo contrário, é apenas um marco que evidencia o quanto políticas públicas, solidariedade social e acesso à alimentação caminham juntos.

Portanto, manter o Brasil longe da fome exige constância, responsabilidade e engajamento de todos — do poder público à sociedade civil.

E você, leitor, o que pode fazer para contribuir? Valorize os produtos da agricultura local, evite o desperdício de alimentos, apoie iniciativas comunitárias e cobre das autoridades ações firmes para que a fome nunca mais volte a ser uma sombra sobre o nosso país.

REDAÇÃO SITE CULTURA ALTERNATIVA

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