O agronegócio e a liberdade
Nesta manhã assistimos a primeira palestra realizada no Fórum da Liberdade com foco no agronegócio.
Uma vez mais, o Fórum mostra estar atento as realidades do Brasil, pois em raros momentos de nossa história o agronegócio foi tão continuamente atacado pelas instituições do Poder Executivo, assim como por organizações da sociedade. Assim sendo, certamente é uma das mais importantes pautas a ser debatida atualmente.
Não deixa de ser irônico, pois o agronegócio responde por quase 30% do PIB de nosso país, mesmo os inimigos do agronegócio se beneficiam do mesmo.
Durante a pandemia foi o setor que sofreu menos impacto e possibilitou, por meio de seus lucros e continuidade, que o Governo Federal tivesse meios de garantir a concessão de auxílios e evitar a escassez extrema de alimentos no período. Apesar disso, demagogos políticos insistem em atacar o agronegócio.
O agronegócio e a liberdade
O Fórum trouxe ao debate dois palestrantes que entendem realmente do setor, pessoas como Camila Telles, Produtora rural, empresária/Ceo da Farmcom e uma das mais importantes influencers do agro no Brasil, e, Nei César Manica, Presidente da Expodireto/Cotrijal.
É de fundamental importância a defesa de nosso agro, pois o mesmo responde por 10% dos alimentos consumidos no mundo. Temos uma enorme diversidade de produtos, diferente do que é, erroneamente, divulgado pelos seus detratores.
A Camila Telles, protagonista de um dos mais qualificados trabalhos de defesa do agro em nosso país, costuma realizar uma das mais verdadeiras afirmações sobre o assunto: “a esmagadora maioria das pessoas que atacam o agronegócio em nosso país, jamais entrou além da porteira”.
Esse é uma das mais evidentes realidades que vemos hoje. Temos uma geração que tem por esporte atacar o agronegócio, mas já vi alguns deles que tinham certeza, na infância, que a carne de frango que consumiam surgia nos supermercados.
Durante sua apresentação a Camila Telles relatou que já ouviu de pessoas que se julgavam cultas que tinha certeza que o achocolatado surgia de vacas marrons.
Agronegócio
Apesar disso, pessoas dessa natureza possuem um enorme alcance. Uma artista brasileira mundialmente reconhecida se tornou sócia de empresa que alimentos vegetais que imitam carne, como hambúrgueres, carne moída, frango, linguiça e atum.
A composição de sua carne é a partir de proteína isolada de soja, de grão de bico, além de beterraba, óleo de coco e alga marinha.
O grande mote dessa empresa é: “uma empresa que pensa no futuro, no meio ambiente e, principalmente, na forma como as pessoas se alimentam”.
Não deixa de ser curioso que toda sua composição é feita de produtos do agronegócio, e, ao pensar na forma que as pessoas se alimentam eles desconsideram que ao destinar os seguintes produtos proteína isolada de soja, de grão de bico, além de beterraba, óleo de coco e alga marinha da cadeia do agronegócio eles provocam o aumento dos produtos ao consumidor final.
Contudo, o consumidor médio não possui recursos para comprar seu produto, tendo em vista que o hamburger da empresa pelo valor de R$ 25,80 em seu preço mais barato, enquanto o hamburguer “malvadão”, no mesmo local, custa R$ 9,99.
Agronegócio
Outro ponto interessante é perceber que em sua frase afirmam pensar no meio ambiente, todavia ou não percebem, ou não consideram plantas como parte do meio ambiente. Como lembrou Camila Telles, falar qualquer um fala, o problema é fazer.
O Presidente da Expodireto, Nei Manica, destacou a importância do agro brasileiro e a coragem do produtor rural de nosso país que, apesar de o Governo ser contra o agronegócio, o apoio as invasões de propriedades rurais, senão pela ação pela omissão governamental, a restrição ao crédito decidida nesse ano, esse produtor não desiste.
Apesar de todo cenário negativo, o produtor rural cria novas formas de se manter, e, dessa forma garantir o acesso aos alimentos a população brasileira e parte significativa do mundo.
Um ponto destacado por Nei Manica, e, posteriormente reforçado pela Camila Telles é o fato de que o agronegócio brasileiro ser o mais sustentável e responsável ambientalmente no mundo contemporâneo.
Nesse ponto, é importante destacar que, em uma era de pós-verdade, a narrativa é mais importante que os fatos. Os palestrantes trouxeram ao público importantes fatos sobre o agronegócio brasileiro.
Urge, portanto, que a população seja livre para ter acesso aos fatos, e, dessa maneira poder decidir seu posicionamento em relação aos temas com autonomia fundada em conhecimento verificável, e, não na narrativa de seu político de estimação.
Mais do que nunca pessoas como Camila Telles e Nei Manica são necessários para informar de forma qualificada nossa população sobre a realidade de nosso agronegócio. Afinal, nosso agronegócio merece.
Artigo – Sandro Schmitz dos Santos – Analista e Consultor Internacional, Sócio-Diretor da Austral Consultoria [www.austral.cc]
e-mail: sandro.schmitz@austral.cc
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