Chocolate dá espinha?
Dermatologista explica se há relação entre o alimento e o problema de pele
Páscoa chegando e quem nunca ouviu a frase: “Cuidado com o excesso de chocolate que, comer demais, dá espinha!”. Mas será que essa afirmativa é realmente verdadeira?
O chocolate, para muitos, é considerado o culpado pelo surgimento das marquinhas indesejadas. Mas pesquisas revelam que ele não é tão vilão assim.
A semente do cacau, por exemplo, é rica em substâncias antioxidantes, que auxiliam no combate à formação de radicais livres. No entanto, o problema está naqueles chocolates com alto teor de gordura: “esses sim podem provocar a piora da acne”, alerta o dermatologista Erasmo Tokarski.
Chocolate dá espinha?
Segundo o especialista, a acne é uma doença multifatorial, influenciada por aspectos genéticos e hormonais. Há aumento da produção de gordura na pele, proliferação de bactérias específicas, formação de comedões (cravos) e inflamação.
“Justamente por ser uma alteração inflamatória da pele, o problema necessita de tratamento mesmo em suas fases mais precoces, o que pode evitar o desenvolvimento de cicatrizes e marcas”, afirma Tokarski.
Então está proibido comer o alimento?
Segundo o dermatologista Erasmo Tokarski, o chocolate não é o principal fator para o aparecimento de acne, mas, por ser um alimento gorduroso, ele pode acabar aumentando a oleosidade da pele quando ingerido em excesso.
“Isso pode piorar a acne de quem já tem predisposição e agravar quadros inflamatórios pré-existentes. Mas é uma complicação que vale para qualquer comida com muita gordura”, explica.
Ele recomenda controlar a alimentação e consumir o produto sem exagero. Existem medidas simples de prevenção que diminuem os fatores de risco: “O principal é comer chocolate de forma moderada e fazer uma alimentação rica em fibras, junto com alguns cuidados com a pele”, reforça Tokarski.
O dermatologista ainda ressalta que fazer uma limpeza adequada, com hidratação na medida certa e usar secativos orientados por um profissional, podem ajudar a controlar a oleosidade da pele, que também permite o surgimento das acnes.