Lupicínio Rodrigues - Cultura Alternativa

Lupicínio Rodrigues: Confissões de Um Sofredor

Lupicínio Rodrigues

Filme “Lupicínio Rodrigues: Confissões de Um Sofredor” terá avant première no dia 15 de dezembro, na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre

Lupicínio Rodrigues ganha Doodle

“Lupicínio Rodrigues: Confissões de Um Sofredor”, com direção de Alfredo Manevy e realizado numa coprodução Plural Filmes e Canal Curta!

O documentário, que é o primeiro longa do diretor, resgata o legado musical e evidencia a contribuição artística e o contexto histórico/social do grande compositor, cujas músicas de sucesso ultrapassam gerações e foram interpretadas por alguns dos maiores nomes da Música Popular Brasileira.

Em 92 minutos, o longa exibe vasto material de arquivos de jornais, entrevistas em programas de TV do próprio Lupicínio, além de personalidades e artistas que falam sobre a sua obra.

Com linguagem ágil e precisa – e a narração na voz inconfundível do ator Paulo César Pereio -, “Lupicínio Rodrigues: Confissões de Um Sofredor”, faz uma linha do tempo da vida do compositor, nascido em 16 de setembro bairro Ilhota, em Porto Alegre, numa família de 25 filhos – ele faleceu com 59 anos, em agosto de 1974.

Lupicínio Rodrigues

Boêmio, namorador, apaixonado pelo Grêmio Futebol Clube – é dele a autoria do hino oficial do time-, Lupicínio lançou mão do enorme talento como letrista e reescreveu o destino de homem preto, nascido na periferia, tornando-se o poeta que cantou o amor.

Suas composições ficaram conhecidas como as canções das dores-de-cotovelo, já que a maioria delas eram verdadeiras crônicas sobre paixões, desencontros e corações partidos.

Para contar a história de Lupicínio no cinema, o diretor Alfredo Manevy traz para o filme os depoimentos de personagens como Zuza Homem de Mello, Elza Soares,Gilberto Gil, Jards Macalé, Arthur de Faria, Valéria Barcellos, Marcelo Campos, Linda Batista e Mutinho. Lupicínio Rodrigues Filho, o Lupinho, também está entre as personagens, além de ter sido consultor sobre o acervo pessoal do pai, para o filme.

Lupicínio Rodrigues - Cultura Alternativa

Força da ancestralidade negra

Entre as histórias da vida de Lupicínio, retratadas no filme, está a discriminação racial, que sofreu em Porto Alegre. Foi num bar, vazio, onde o compositor estava com um amigo e deixou de ser atendido por causa da cor de sua pele.

Mas, para além desse episódio, o filme se propõe a levantar questões de fundo relacionadas com o racismo.

Lupicínio Rodrigues – Vida

Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em um bairro pobre da cidade, a Ilhota, no dia 16 de setembro de 1914.

Seus pais, Francisco e Abigail, tiveram 21 filhos – e Lupicínio foi o quarto. Francisco era funcionário público e mandou Lupicínio para a escola logo aos cinco anos de idade.

Dizem que o menino se distraía muito cantando na sala de aula e que, por essa razão, teve de parar os estudos, para retomá-los dois anos mais tarde.

Lupicínio Rodrigues – Obra

A partir das décadas de 40 e 50, seu trabalho foi gravado pelos vocalistas mais populares do Brasil, incluindo Francisco Alves, Orlando Silva, Linda Batista, Nora Ney, Elza Soares, Gilberto Gil e Jamelão – que eventualmente gravaram um álbum inteiro composições.

Questionado sobre a inspiração para seus contos de ciúme, traição e amor perdido, Rodrigues respondeu: “minha vida”. Um livro de memórias da família o citou dizendo: “Sofro muito nas mãos das mulheres, porque sou tão sentimental, mas também fiz fortunas com o elas fazem comigo.”

Fontes

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BIOGRAFIAS

Redação do Cultura Alternativa

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