Treinar por conta própria: quais são os riscos?
Treinos sem supervisão não podem ser praticados por todos, explica Lucas Americano
A vida moderna e agitada às vezes não permite um tempo para ir à academia.
Por isso, treinar sozinho é uma alternativa para manter a forma e a saúde em dia.
Para alguns, os treinos adquiridos na internet foram a solução encontrada para movimentar o corpo, mas para outras pessoas podem ser motivo de problema.
O treinador de Crossfit, Lucas Americano, explica que é preciso tomar alguns cuidados com as práticas de atividades físicas sem supervisão.
De acordo com ele, treinos online e receitas milagrosas têm alguns perigos e não podem ser praticados por todos.
“A maioria desses treinos disponíveis na internet foram desenvolvidos de uma forma geral e para um público específico: pessoas saudáveis, sem fatores de risco e sem lesões prévias.
O mais indicado é procurar direcionamento profissional. Orientação especializada é a forma mais rápida de atingir os objetivos com segurança.”
O treinador explica que treinar por conta própria nem sempre é a melhor forma de ser saudável.
É importante que a pessoa conheça o seu corpo e se ele está preparado para exercer aquele tipo de atividade.
Lucas mostra a importância de um treino com acompanhamento.
“Ao elaborar um programa de exercícios, o treinador busca a melhor estratégia para cada pessoa.
Há orientação quanto à técnica correta, frequência, seleção de exercícios, além de motivação e fornecimento de reforço psicológico, importante para manter a constância do progresso.”
Mas caso a pessoa tenha interesse em colocar a atividade física na rotina e não sabe por onde começar, Lucas Americano dá algumas alternativas para que isso seja possível e de forma prudente para que não tenha riscos à saúde.
Treinar por conta própria
1- Conheça seu corpo.
Dê o pontapé inicial na jornada de uma vida mais ativa com uma avaliação física.
Ela serve tanto para entender sobre sua composição corporal (que revela a porcentagem de gordura e de músculos no corpo) quanto para avaliação médica.
Você terá o mapa da sua saúde e poderá acompanhar sua evolução.
2- Procure um exercício que te dê prazer e se encaixe na sua rotina.
Tenha em mente que não existe exercício físico certo ou errado. Os especialistas concordam que o mais importante é começar com uma atividade física que você goste.
O segredo está em começar com pequenos passos de comprometimento, criando micro hábitos saudáveis que não exigem tanta estrutura ou equipamentos, como a caminhada.
3- Respeite suas limitações e seja realista.
Experimente diferentes tipos de exercício, como academia, crossfit, yoga, levantamento de peso, esportes coletivos e outros até achar o que mais gosta ou o que mais se encaixa na sua realidade.
É crucial reconhecer e respeitar as limitações do seu corpo e se manter atento aos sinais, como dores e desconfortos.
Foque primeiro em aprender as técnicas dos movimentos e o tempo de descanso necessário entre as sessões, evitando possíveis lesões.
Assim, o corpo se adapta naturalmente aos novos estímulos.